20 de março, de 2019 | 18:40

Três suplentes tomam posse na Câmara de Ipatinga

Os suplentes que assumiram os cargos foram Gustavo Nunes (PTC), Ley do Trânsito (PSD) e Adelson Fernandes (Pros)

Wôlmer Ezequiel
Os suplentes Gustavo Nunes, Ley do Trânsito e Adelson Fernandes assinaram o termo de posse na tarde de ontemOs suplentes Gustavo Nunes, Ley do Trânsito e Adelson Fernandes assinaram o termo de posse na tarde de ontem

Em dia de auditório lotado e com munícipes agitados, três suplentes de vereadores afastados assinaram o termo de posse, na tarde desta quarta-feira (20), durante a reunião ordinária da Câmara de Ipatinga. Os suplentes que assumiram os cargos foram Gustavo Nunes (PTC), Ley do Trânsito (PSD) e Adelson Fernandes (Pros), sendo que este ocupará a cadeira no Legislativo de forma definitiva até 2021.

Os suplentes Gustavo e Ley do Trânsito irão substituir, respectivamente, os vereadores Luiz Márcio Martins (PTC) e Rogério Antônio Bento, o Rogerinho (atualmente sem partido), ambos presos há mais de 30 dias na Penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba. Já Adelson ficará no lugar do ex-parlamentar e foragido Paulo Reis (Pros), que pediu renúncia na semana passada e está inelegível por oito anos. Além disso, os assessores dos suplentes já podem nomear novos assessores.

Provisórios

Conforme o regimento interno da Casa Legislativa, no caso de afastamento por mais de 30 dias, o que ocorreu com os vereadores Luiz Márcio e Rogerinho, o parlamentar é automaticamente substituído em plenário pelo seu suplente. No entanto, os vereadores que estão presos permanecem investidos dos cargos conquistados nas urnas, apenas não recebem subsídios. Até a deliberação da Comissão Processante, se os parlamentares forem liberados da prisão, por força de decisão da Justiça, podem voltar aos cargos normalmente. Caso o cargo esteja ocupado por um suplente, ele se afasta e o titular ocupa novamente a vaga.

Tumulto

Após a posse, os suplentes e os vereadores participaram da votação de projetos de lei. Um deles que gerou tumulto foi o PL 07/2019, de autoria do Executivo, que trata do reajuste salarial dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias. Muitos dos trabalhadores dessa categoria estavam presentes no auditório e vibraram com a aprovação da PL 07/2019, que seguirá para a segunda votação nesta quinta-feira (21).

Em entrevista ao Diário do Aço, a diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Ipatinga (Sintserpi) e agente de saúde, Alcione Elaine do Nascimento, avaliou a importância da aprovação do reajuste salarial, que é uma luta antiga. “Para nossa categoria é de grande valia isso. Uma vez que o salário será aumentado para R$ 1.550, divido em três vezes. Agora em 2019, passará para R$ 1.250. Em 2020, vai para R$ 1.400. E 2021 para R$ 1.550. Serão beneficiados, em média, 350 agentes de saúde e 170 agentes de endemias”, afirmou.

Bate-boca entre petistas

Antes da votação dos projetos de lei, a vereadora Lene Teixeira (PT) aproveitou o seu tempo na tribuna para falar da atitude do seu colega de partido, vereador Sebastião Guedes (PT), atual vice-presidente do Legislativo, que aceitou o cargo de líder de governo na Câmara de Ipatinga na terça-feira (19). Tal assunto também foi motivo para agitação dos munícipes presentes no auditório da Câmara.

Para Lene, Guedes deveria ter conversado com seu partido antes de tomar a decisão, já que o partido do prefeito Nardyello Rocha (MDB) disputou a última eleição extemporânea contra o PT. Com isso, Lene afirmou que não achou adequada a decisão de Guedes.

Para rebater a fala de Lene, Guedes também utilizou a tribuna e justificou sua atitude. Conforme o vereador petista, não faz sentido não querer ajudar o executivo em seus trabalhos, em meio à crise econômica que o município se encontra, só por causa dos partidos não serem “próximos”. Mesmo com sua justificava, Lene Teixeira voltou a usar a tribuna e fez mais críticas a Guedes. Para ela, petistas que queiram trabalhar em conjunto com oposicionistas do PT devem pedir para sair do partido. Após o bate-boca entre os vereadores, o presidente da Câmara, Jadson Heleno, também utilizou a tribuna para falar dos últimos acontecimentos no Legislativo e dos projetos de lei que seriam votados. No fim de sua fala, Jadson aproveitou para falar da discussão entre os petistas e disse para Guedes sair do PT, convidando-o para seu partido, o Solidariedade.

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Comentários

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Rick

21 de março, 2019 | 00:11

“Sai o sujo entra o mal lavado... A justiça até que em alguns momentos funciona mas o povo permanece na burrice de sempre, basta ver os suplentes”

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