13 de março, de 2019 | 08:01

Caso Marielle: Investigação apreende 117 fuzis da milícia e contrabando

Homem que guardava arsenal do poder paralelo admitiu que guardava armas para um dos ex-policiais presos como acusados de executar a vereadora carioca

Cada fuzil chega a custar R$ 30 mil / Foto: Polícia Civil RJ)Cada fuzil chega a custar R$ 30 mil / Foto: Polícia Civil RJ)
A operação de terça-feira, que resultou na prisão de dois homens acusados de envolvimento na execução da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Franco, há cerca de um ano, no Rio de Janeiro, também levou à busca e apreensão na casa de um amigo do PM reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, que resultou na apreensão de fuzis, a maior da história do Rio de Janeiro.

A Operação Lume cumpria ontem 34 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos acusados do crime contra a vereadora, quando bateu à porta de Alexandre Mota de Souza, que guardava o armamento. A suspeita é que o material servia para armar a milícia e contrabandear as armas para outras partes do Brasil. Cada fuzil chega a custar R$ 30 mil, conforme a Polícia Civil do RJ.

Foram recolhidos documentos, celulares, armas, munições e outros objetos. Em um dos endereços ligados a Lessa, um apartamento no bairro Méier cujo morador seria de um amigo do acusado, na zona norte, foram achadas caixas repletas de fuzis desmontados.

O proprietário, Alexandre Mota de Souza, que acabou preso, afirmou para os policiais que aceitou fazer um favor para Lessa, que seria seu amigo de infância. Conforme seu advogado, ele teria guardado as caixas, sem se preocupar com o conteúdo. Na maior parte das peças, só faltavam os canos.

Cada fuzil chega a custar R$ 30 mil e a descoberta única chega a superar as apreensões de todo um mês. O maior caso anterior foi registrado no Aeroporto Internacional do Rio em 2017, quando foram encontradas 60 armas vindas dos Estados Unidos dentro de aquecedores de piscinas.

O proprietário de imóvel onde estavam as armas, Alexandre Mota de Souza, que acabou preso, afirmou para os policiais que aceitou fazer um favor para Lessa, que seria seu amigo de infânciaO proprietário de imóvel onde estavam as armas, Alexandre Mota de Souza, que acabou preso, afirmou para os policiais que aceitou fazer um favor para Lessa, que seria seu amigo de infância
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Comentários

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Taurus

14 de março, 2019 | 01:01

“Será pq afastaram o delegado do caso? Estou com esta dúvida? Será que ele ia descobrir algo a mais? Tipo, alguma coisa relacionada ao vizinho do preso!!!”

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