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12 de março, de 2019 | 13:44

Polícia do Rio prende suspeitos de matar Marielle

MP informa que ex-policiais foram denunciados depois de análises de diversas provas; para promotores, o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos

Reprodução
Duas pessoas foram detidas acusadas da morte de Marielle: o policial militar reformado Ronnie Lessa, que teria efetuado os disparos, e o ex-policial Élcio Vieira de Queiroz, que estaria dirigindo o carro do atiradorDuas pessoas foram detidas acusadas da morte de Marielle: o policial militar reformado Ronnie Lessa, que teria efetuado os disparos, e o ex-policial Élcio Vieira de Queiroz, que estaria dirigindo o carro do atirador

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, nessa terça-feira (12), uma operação para prender suspeitos de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, crime que completa um ano no próximo dia 14.

Duas pessoas foram detidas: o policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-policial militar Elcio Vieira de Queiroz, de 46, foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio de Fernanda Chaves, assessora de Marielle, que sobreviveu ao ataque.

Segundo os investigadores, Lessa efetuou os disparos contra Marielle e Anderson, enquanto Queiroz dirigiu o veículo de modelo Cobalt usado durante o ataque.

Lessa foi preso em sua casa, no condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca - mesmo local onde o presidente Jair Bolsonaro (PSL) tem casa. O presidente não foi mencionado pelos investigadores. Queiroz foi expulso da PM-RJ após se tornar réu na Operação Guilhotina, realizada pela Polícia Federal, em 2011, e voltada contra policiais fluminenses acusados de corrupção e de manter laços com traficantes.

Policiais cumpriram dois mandados de prisão e 32 de busca e apreensão. A ação foi batizada de Operação Lume, em referência a uma praça no centro do Rio de Janeiro, conhecida como Buraco do Lume, onde Marielle desenvolvia um projeto chamado Lume Feminista.

No local, ela também costumava se reunir com outros defensores dos direitos humanos e integrantes do seu partido, o PSOL. 'Além de significar qualquer tipo de luz ou claridade, a palavra lume compõe a expressão ‘trazer a lume’, que significa trazer ao conhecimento público, vir à luz', informa nota do Ministério Público.

Segundo o Ministério Público, os dois foram denunciados depois de análises de diversas provas. O MP considera que o crime foi planejado nos três meses que antecederam os assassinatos.

Além dos mandados de prisão, a chamada Operação Lume cumpre mandados de busca e apreensão em endereços dos dois acusados, para apreender documentos, telefones celulares, computadores, armas e acessórios.

Na denúncia apresentada à Justiça, o MP também pediu a suspensão da remuneração e do porte de arma de fogo de Lessa, a indenização por danos morais aos familiares das vítimas e a fixação de pensão em favor do filho menor de Anderson até completar 24 anos de idade.

No último domingo, a jornalista Fernanda Chaves, sobrevivente do crime, mostrou o rosto em rede nacional pela primeira vez desde então. Chaves era assessora de Marielle e estava no veículo que foi alvejado, mas foi atingida apenas por estilhaços e declarou ter apenas ouvido rajadas, sem ver os rostos dos atiradores.

Informação foi vazada e suspeitos poderiam fugir do Brasil

O sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa, foi preso ainda de madrugada, se preparando para sair de casa, em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, mesma situação do também ex-PM Elcio Vieira de Queiroz, que mora no bairro Engenho de Dentro, na zona norte. Para o MP, os dois iriam fugir da prisão.

“Com relação à suposta fuga dos denunciados, um deles, o Ronnie, de forma informal, confessou ali, naquele momento, que ele tinha sido avisado”, revelou a promotora Simone Sibílio, coordenadora do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), durante coletiva na tarde de hoje. Em função do vazamento, segundo a promotora, a operação, prevista para amanhã (13), teve que ser antecipada

(Com Agência Brasil)
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