Expo Usipa 2024 02 - 728x90

11 de março, de 2019 | 15:40

Prato cheio

Fernando Rocha

[Imagemd35956]Mais uma semana de prato cheio para quem gosta de futebol, pois teremos, a partir de hoje, mais duas noites de fortes emoções, quando entram em campo todos os sete clubes brasileiros que disputam a Libertadores. Detalhe: apenas o Galo joga fora.

E ainda teremos outros dois ‘grandes’ pela 3ª fase da Copa do Brasil: Ceará x Corinthians, amanhã, em Fortaleza; e Vasco x Avaí, na quinta, no Rio de Janeiro. Haja coração!
Mas o que interessa mesmo é a segunda rodada do maior torneio continental, a Libertadores, onde os dois representantes mineiros estarão em campo, em situações diametralmente opostas.

Enquanto o Cruzeiro recebe no Mineirão o Deportivo Lara, da combalida Venezuela, na condição de franco favorito, podendo usar praticamente todos os titulares, menos Thiago Neves, que ainda não está cem por cento fisicamente e saiu de campo mais cedo no domingo, machucado, o Galo vai enfrentar uma ‘pedreira’ hoje, às 21h30, o Nacional de Montevidéu, um dos dois ‘grandes’ do futebol uruguaio e também respeitado no continente.

Muitas dúvidas
A inesperada derrota na estreia, em casa, para o Cerro Porteño, colocou em cheque a já duvidosa qualidade do elenco atleticano, que ainda não conseguiu empolgar a torcida nesta temporada.

Há uma compreensível incompatibilidade entre torcida e o esforçado lateral Patric, contrastando com a enorme boa vontade em relação ao jovem reserva Guga, preterido por razões desconhecidas - ou teimosia mesmo - pelo técnico Levir Culpi.

Alguns titulares não estão rendendo o que sabem e isto faz tempo, prejudicando o coletivo, casos de Chará e Fábio Santos, sendo que este, para piorar, não tem um reserva de ofício em condições de substituí-lo.
No ataque, embora atleta de conduta exemplar e artilheiro comprovado, Ricardo Oliveira já virou o “cabo da Boa Esperança” e cai de produção, não mais suportando a partida inteira.

Seria a hora de lançar no 2º tempo o garoto Alerrandro, que até vem fazendo gols, mas contra adversários inexpressivos no campeonato Mineiro. E o Elias, de quem se espera muito, mas nada acontece? E os vacilos do capitão Réver na zaga? Dúvidas, muitas dúvidas... Mas uma coisa é certa, o time alvinegro pode reagir e trazer hoje uma grande vitória, indispensável para continuar sonhando com a classificação à próxima etapa de mata-mata.

FIM DE PAPO
• E tem muito mais de bola rolando. Franco favorito, o Palmeiras recebe em casa hoje o Melgar, do Peru; outro favorito é o Grêmio, que em sua arena vai enfrentar o Libertad, do Paraguai; o Flamengo, com mais de 60 mil pessoas lotando o Maracanã, pega a LDU em jogo duro, pois o time equatoriano não é bobo; o Internacional, também como favorito e com o Estádio Beira Rio lotado, receberá o Alianza Lima, do Peru.

• Finalmente, na quinta-feira, o Athletico Paranaense vai receber “aquele” time de triste memória para os atleticanos, o Jorge Wilstermann, da Bolívia, com a obrigação de vencer, pois perdeu na estreia. Sem futebol mesmo só a sexta-feira, mas aí já será véspera do fim de semana recheado de jogos pelos estaduais, que não são lá essas coisas, mas quebram o galho de quem gosta do bom e velho esporte bretão.

• Jogando pelo Mineiro, o Cruzeiro, com um time quase totalmente reserva - exceção de Dedé e Thiago Neves, o primeiro vindo de suspensão e o segundo de contusão -, venceu o Tombense por 2 a 0, com gols de Sassá e David, placar que não demonstrou o que de fato aconteceu em campo, sobretudo no 2º tempo, onde brilhou a estrela de Rafael, reserva de luxo do goleiro Fábio, que impediu a reação do time da Zona da Mata, defendendo um pênalti e realizando ao menos quatro defesas excepcionais.

• Na entrevista pós-jogo, o técnico Mano Menezes não poupou elogios a Rafael e revelou que, há quinze dias, um clube grande do futebol brasileiro, onde seria titular absoluto, quis contratá-lo, mas não deixou. Rafael é nascido em Coronel Fabriciano, onde reside sua família, que é de classe média. Não sei quem administra sua carreira, mas esta acomodação, há anos na reserva do goleiro e ídolo da torcida cruzeirense, Fábio, me parece um erro.

• Rafael chegou ao Cruzeiro com 13 anos de idade e já tem 29 anos, nada demais para jogadores da sua posição, desde que se cuidem bem, como parece ser o seu caso. Fábio, 38 anos, continua jogando em alto nível e deve parar daqui a dois anos, apenas então passando o bastão para o seu reserva, que ainda poderá brilhar com a camisa celeste por mais alguns anos.

• Por enquanto, Rafael vive na zona de conforto, mas ao ser efetivado sofrerá comparações e toda pressão de ser o substituto do maior goleiro e recordista em vestir a camisa do clube. Pode, sim, continuar a carreira com uma trajetória brilhante, ou então se queimado, como, aliás, tem acontecido em situação parecida no São Paulo, desde que Rogério Ceni pendurou as chuteiras. “O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso”. Mário Quintana (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Envie seu Comentário