08 de março, de 2019 | 12:19

Relembrando

Hilda Furacão” um dos grandes sucessos entre as minisséries da Globo

Em 1991, o escritor e jornalista mineiro Roberto Drummond, um ferrenho torcedor do Atlético nascido em Ferros, lançou o romance Hilda Furacão, uma obra que ele dizia ter sido longamente pensada e amadurecida, mas que levou apenas 64 dias para ser escrita. O livro tornou-se o maior sucesso do autor, e acabou adaptado para a TV.

Afinal, o que levou Hilda Müller, uma moça bem nascida, rica e educada para viver em meio à alta sociedade mineira, a abandonar o noivo no dia do casamento e transformar-se na prostituta conhecida como Hilda Furacão?

Uma das minisséries de maior sucesso da televisão brasileira também já foi reprisada no canal pago Viva. No papel principal, a bela Ana Paula Arósio, então com 23 anos, encarava seu primeiro trabalho na Rede Globo.

Escrita por Glória Perez e dirigida por Wolf Maia, a trama tinha como pano de fundo a história do Brasil nas décadas de 1950 e 1960, e acompanhava a trajetória de três amigos que deixaram a pequena cidade de Santana dos Ferros rumo a Belo Horizonte, no início da vida adulta.

O seminarista Malthus - personagem que rendeu muitos elogios a Rodrigo Santoro - buscava a santidade e sonhava entrar para o Convento dos Dominicanos na capital mineira. Aramel (Thiago Lacerda) tinha como objetivo principal ser artista de cinema em Hollywood, enquanto Roberto (Danton Mello) queria participar da revolução comunista.

Quando os caminhos de Frei Malthus e Hilda se cruzam, o seminarista enfrenta uma dolorosa luta interna entre os seus ideais e os sentimentos que o assaltavam.

Outros personagens da minissérie que marcaram época foram o travesti Cintura Fina, vivido por Matheus Nachtergaele, e Maria Tomba Homem, papel de Rosi Campos, amigos de Hilda no Maravilhoso Hotel, onde ela morava em sua nova vida.

As cenas passadas na fictícia cidade de Santana dos Ferros foram gravadas em Tiradentes, enquanto a zona boêmia de Belo Horizonte foi reproduzida nos Estúdios Globo.

Para ajudar a manter-se fiel à realidade política do país nos anos 1960, Glória Perez contou com a ajuda de militantes do período, como do saudoso Mário Lago (que participou do elenco vivendo o papel de Olavo, um intelectual boêmio) e o ex-dirigente comunista Apolônio de Carvalho.

“Hilda Furacão” foi exibida originalmente na tela da TV Globo entre 27 de maio a 23 de julho de 1998, totalizando 32 capítulos.