07 de março, de 2019 | 08:43

Dia Internacional da Mulher

Uma história de lutas e vitórias que continua sendo travada até hoje

Há quem garanta que o Dia Internacional da Mulher teria surgido a partir de um incêndio em uma fábrica têxtil de Nova York, em 25 de março de 1911, quando cerca de 130 operárias morreram carbonizadas. O incidente marcou a trajetória das lutas feministas ao longo do século 20, mas os eventos que levaram à criação da data são anteriores a ele.

Desde fins do século 19, organizações femininas em movimentos operários protestavam em vários países da Europa e nos Estados Unidos. As jornadas de trabalho de aproximadamente 15 horas diárias e os baixos salários pagos após a Revolução Industrial levaram as mulheres a fazer greves para reivindicar melhores condições de trabalho e o fim do trabalho infantil.

O primeiro Dia Nacional da Mulher foi celebrado em maio de 1908 nos Estados Unidos, quando 1.500 mulheres se manifestaram pela igualdade econômica e política.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres na Dinamarca, a tese de ter um dia para celebrar anualmente os direitos da mulher foi aprovada por representantes de 17 países, para honrar as lutas femininas e instituir o voto universal.

Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro no calendário Juliano, usado pela Rússia), 90 mil operárias se manifestaram contra o Czar Nicolau II, as más condições de trabalho, a fome e a guerra – o protesto "Pão e Paz" - e a data consagrou-se, embora só em 1921 tenha sido oficializada como Dia Internacional da Mulher.

Em 1945, a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional firmando princípios de igualdade entre homens e mulheres.

O 8 de março marca a mobilização para conquistar direitos e discutir as discriminações e violências morais, físicas e sexuais ainda sofridas pelas mulheres, para impedir que o retrocesso ameace o que já foi alcançado até o momento.

No Brasil, a luta pelos direitos da mulher surgiu nos grupos anarquistas do início do século 20. A luta feminina ganhou força com as sufragistas, nas décadas de 1920 e 30, que conseguiram o direito ao voto em 1932.

A partir dos anos 1970 emergiram no país organizações que passaram a incluir na pauta das discussões a igualdade entre os gêneros, a sexualidade e a saúde da mulher.

Portanto, nesta sexta-feira, 8 de março, nosso reconhecimento às mulheres. Mais do que flores e bombons, elas merecem respeito...