02 de março, de 2019 | 10:12

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Fernando Rocha

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Fernando RochaFernando Rocha
Todos nós sabemos que o futebol praticado no continente sul-americano é de segunda categoria, pois os nossos principais jogadores estão atuando nas maiores ligas da Europa e pelos quatro cantos do planeta, enquanto as jovens revelações que surgem por aqui são levadas para o exterior cada vez mais cedo.

A eliminação do São Paulo, Santos, Botafogo, Bahia e Chapecoense, além do Fluminense seriamente ameaçado, sendo ultrapassados por times considerados inferiores do ponto de vista técnico e econômico, na Copa Libertadores e Copa Sul-Americana, as duas principais competições continentais, traz uma enorme preocupação e a certeza de que o futebol praticado aqui anda cada vez pior.

Salvaram-se, até agora, mesmo que às duras penas, Atlético e Corinthians, que vão seguir nos dois torneios, mas ainda sem passar uma sensação de segurança às suas enormes e apaixonadas torcidas.

Objetivo alcançado
Se o técnico Levir Culpi não queria sofrer e nem fazer o torcedor do Galo sofrer, tanto que escalou um terceiro volante, Zé Welison, no lugar do atacante Chará, no intuito de fechar mais o meio de campo e proteger a sua defesa, o objetivo foi alcançado, na medida em que o time não sofreu gols e obteve a classificação para a fase de grupos da Libertadores.

O fraco Defensor do Uruguai, vendo que o Galo estava devagar, foi pra cima no segundo tempo e por pouco não complicou a situação do alvinegro, que parecia tranquila, obrigando o goleiro Victor a fazer duas defesas sensacionais
Tivesse tomado um gol àquela altura da partida, com a agravante da expulsão justa de Zé Welison, aos 11 minutos do segundo tempo, e a estratégia cautelosa do técnico Levir Culpi poderia ter se tornado em fracasso.

O ex-técnico Jair Pereira costumava dizer que “a tática certa é a que dá certo”. Então, palmas para o técnico Levir, pois a sua estratégia funcionou, o time não sofreu gols e obteve a desejada classificação para a fase de grupos da Libertadores.

FIM DE PAPO
Classificado, o Galo já garante o recebimento de aproximadamente R$12 milhões pelos três jogos que fará como mandante, a começar pelo confronto da próxima quarta-feira, contra o Cerro Porteño (Paraguai).

A diretoria finalmente decidiu trocar o acanhado Independência pelo Mineirão, o que significa também um aumento da receita de bilheteria. O Galo ainda vai enfrentar no seu grupo o Nacional (Uruguai) e o Zamora (Venezuela), no Mineirão. Se conquistar o bicampeonato da Libertadores, o clube embolsará US$ 20 milhões de premiação, ou cerca de R$ 75 milhões.

E o troféu “Taça de Lata” vai para quem? A Conmebol, essa entidade cavernosa, como todas as demais espalhadas pelo planeta que exploram o futebol até o sangue, que tanto se preocupa em proibir manifestações dos torcedores, punir, multar os clubes, cercear o trabalho da imprensa, personagem de um ‘bola fora’ dos mais ridículos no jogo do Galo com o Defensor, no Independência.

Seus funcionários, que não são poucos e recebem polpudas diárias e cachês, se esqueceram de levar para o estádio aquela placa eletrônica que anuncia as substituições dos jogadores no gramado. Sem outra saída, resolveram improvisar e a emenda saiu muito pior, pois escreveram os números em folhas de papel ofício. Várzea total!

Mais um resultado negativo e outra atuação pífia do Ipatinga, 0 x 0 com o CAP/Uberlândia, no Ipatingão. O Tigre continua sem vencer na Segundona mineira e vai lutar agora para não ser rebaixado à 3ª divisão. O time atual, um dos piores, ou talvez o mais fraco que já se viu em toda a sua história, só conseguiu dar um chute a gol, mesmo assim pra fora, aos 47 do 1º tempo. O CAP ainda teve um gol legítimo anulado pela arbitragem, aos 13 minutos da primeira etapa.

Outro vexame e decepção total para a torcida, que mais uma vez foi em bom número ao Ipatingão, apesar da ameaça de chuva. Agora o Tigre só voltará a jogar no próximo sábado (9), fora de casa, contra o Uberaba. O clube ipatinguense tem um dos melhores CTs do interior do estado, paga os salários em dia e muito acima da média de seus concorrentes, joga em um dos melhores estádios do interior do país, e não deveria estar nesta situação no mínimo constrangedora.

Talvez o grande e saudoso jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, com seus deliciosos exageros, possa nos dar a explicação para este drama que parece não ter fim em uma de suas mais famosas frases: - Para um mau amante, até lençol de seda atrapalha! (Fecha o pano!)
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