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28 de fevereiro, de 2019 | 08:24

O ex-presidente da Samarco favorito para assumir a Codemig e Codemge

Em comunicado a funcionários, presidente Marco Antônio Castello Branco afirma que nome de José Tadeu Moraes é favorito para a sucessão

As empresas públicas mineiras, Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemge) e Codemig será comandada por José Tadeu de Moraes. Indicado pelo governador Romeu Zema, Morais presidiu de 2003 a 2011 a mineradora Samarco, responsável pelo rompimento da barragem em Mariana, em 2015.

O comunicado foi enviado por e-mail a funcionários da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), o atual presidente da estatal, Marco Antônio Castello Branco (ex-presidente da Usiminas), informa que quem vai assumir o comando das companhias, conforme publica o jornal Estado de Minas.
Arquivo Samarco
José Tadeu Moraes deverá ser eleitor por conselheiros de empresas públicas, diz Castello Branco José Tadeu Moraes deverá ser eleitor por conselheiros de empresas públicas, diz Castello Branco


As empresas públicas, entre outras atividades, coordenam ações nas áreas de
Águas minerais,Indústria Criativa, Turismo, Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, Mineração (mapeamento geológico e levantamento aerogeofísico), Indústria de Alta Tecnologia, Distritos Industriais, e o programa Voe Minas Gerais.

No texto, Castello Branco, um dos remanescentes da gestão do ex-governador Fernando Pimentel (PT), explica que, no dia 8 de março, os conselhos de administração das duas companhias vão eleger Moraes e convocar assembleias para a renovação das cadeiras e a unificação dos dois conselhos. A assessoria de Zema não confirma a informação.

Segundo o jornal, no comunicado, Castello Branco ressalta que Moraes é um nome “experiente e reconhecido executivo do setor de mineração” e que reúne "todos os atributos" para comandar as empresas públicas. José Tadeu de Moraes disse que a informação está circulando, mas que não tem a confirmação de que vai assumir o cargo.

Histórico

Moraes presidiu a Samarco de setembro de 2003 a dezembro de 2011, mas trabalhou na empresa desde 1982, começando como trainee. Ele saiu da empresa e foi para a Manabi SA, onde tem o cargo de diretor de operações, quando foi sucedido por Ricardo Vescovi, o presidente da Samarco, mineradora controlada pela Vale e pela BHP Biliton, no rompimento da barragem do Fundão, em 5 de novembro de 2015. A tragédia matou 19 pessoas e provocou o maior acidente ambiental do Brasil.

Na investigação sobre a catástrofe, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apontou, entretanto, que o processo de construção da barragem começou de forma irregular em 2007, ainda no comando de Moraes, sem a apresentação do projeto executivo aos órgãos de licenciamento e fiscalização de Minas Gerais. “Saí da Samarco quatro anos antes, não tenho nada a ver com aquilo”, afirmou Moraes.

Sobre a investigação do MP, ele disse que a informação não se confirmou e não houve confirmação sobre o fato. Moraes saiu da Samarco para assumir o cargo de diretor de operações da mineradora Manabi SA, que mudou de nome para Mlog, que tem ativos de minério de ferro em Morro do Pilar, na Região Central de Minas.

Desde 2015, ele atua como consultor de negócios. No seu currículo de Moraes, ele aponta como principais realizações ter sido responsável pela manutenção da unidade de Germano, complexo onde ocorreu o rompimento, e ter sido responsável pelo aumento da capacidade de produção da Samarco em 54%.
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