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25 de fevereiro, de 2019 | 15:49

Nada mudou

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Não houve alterações significativas na tabela de classificação do Campeonato Mineiro após os jogos da 8ª rodada, apesar do tropeço do Cruzeiro (3º), em Patos de Minas, 1 x 1 com a URT.
O Galo manteve a liderança ao derrotar o fraquíssimo Villa Nova, por 3 x 1, no Independência, com destaque para o jovem centroavante Alerrandro, autor de dois gols e um dos artilheiros da competição com cinco.

O América, vice-líder, com uma equipe renovada e vários jovens sendo lançados pelo técnico Givanildo Oliveira, obteve um excelente resultado em Varginha, 2 x 1 de virada, pra cima do Boa Esporte.
Acompanho a opinião de alguns colegas, estes que, por conta da fragilidade dos adversários neste estadual, consideram inadequado emitir opinião sobre a qualidade e estágio do futebol apresentado pelos nossos três “grandes” clubes, que, na prática, ainda estão na fase de pré-temporada.

Falta muito
A CBF anunciou boas novidades para esta temporada na semana passada, sobretudo a utilização do árbitro de vídeo (VAR) em todos os jogos do Brasileirão, além da discutível criação da Supercopa de Clubes, que vai envolver em um jogo decisivo os campeões do Brasileirão e Copa do Brasil, inchando ainda mais o nosso já inflado calendário.

A CBF deveria, isto sim, enxugar os campeonatos estaduais, diminuir suas incríveis 16 datas pela metade, mas isto significa mexer na estrutura que a sustenta, reduzir o poder das federações estaduais, enfim, enfiar a mão na caixa de marimbondos.
A CBF tentou ainda colocar um freio na ciranda dos técnicos, propondo limite de uma troca somente, ao longo do Brasileirão, mas apenas o Atlético votou a favor e a proposta foi rejeitada.

Eu respeito a opinião contrária da maioria dos cartolas, apoiada por alguns colegas que fazem parte da banda boa da imprensa esportiva estadual e nacional, mas acho que perdemos uma grande chance de interromper este ciclo, chamado de ‘cultura’, e que só serve para empobrecer ainda mais o nosso futebol.
Os cartolas adoram mandar técnicos embora, com ou sem razão, só para agradar e acalmar suas torcidas, quando os resultados não aparecem, o que aumenta as despesas com rescisões e contratações.

Só no ano passado foram 29 trocas de técnico ao longo do Campeonato Brasileiro, número a ser batido em 2019, gerando treinadores pressionados pelo risco de demissão a cada rodada, que, para garantir o emprego, escalam times menos ousados, gerando espetáculos cada vez mais pobres.

FIM DE PAPO
• O Cruzeiro vem derrapando aqui e ali neste estadual, sem ter ainda uma definição de qual é o time titular, causando desconfiança à sua torcida. A esperança é de que esta situação se reverta com uma estreia vitoriosa dia 7 próximo, na fase de grupos da Libertadores, contra o Huracán, na Argentina. O técnico Mano Menezes, muito competente, há quase três anos comandando a equipe celeste, precisa achar logo o fio da meada, o que só saberemos após o início da Libertadores.

• O Atlético, com um time reserva, está fazendo o dever de casa e lidera o Mineiro, obtendo vitórias até fáceis sobre as fracas equipes do interior. O time B tem mostrado pontos positivos, com destaque para o goleiro Claiton, o lateral direito Guga, este mais dia menos dia será titular da posição, e o jovem centroavante Alerrandro, vice-artilheiro ao lado de Fred e Luís (Caldense), com 4 gols, um a menos que Ricardo Oliveira, que lidera a artilharia da competição.

• Depois de mais um vexame diante da sua torcida no Ipatingão, na derrota por 1 x 0 para o América de Teófilo Otoni, no último sábado, a diretoria do Tigre fez o mais do mesmo. Demitiu o técnico Rogério Henrique e anunciou Gilmar Estevam para comandar o time. Pelo menos o novo técnico é experiente e bastante rodado no futebol do interior mineiro, com destaque para suas passagens por Democrata/GV e o próprio América de Teófilo Otoni. A estreia do novo técnico será nesta quinta-feira, às 19h30, contra o CAP/Uberlândia, no Ipatingão.

• Os times do interior, salvo raras exceções, infelizmente, são muito fracos pela falta de estrutura financeira, que acaba refletindo dentro de campo. Há, porém, falhas que poderiam ser solucionadas, se houvesse interesse da Federação Mineira, bem como dos dirigentes locais, a exemplo do defasado gramado do Estádio Zama Maciel, em Patos de Minas, cidade polo do Alto Paranaíba.

• A grama do campo da URT é do tipo “paspalum notatum”, antiga grama “batatais”, que deixou de ser utilizada nos principais estádios do país na década de 1990 por tornar o jogo muito mais lento e desgastar muito os atletas. Pior de tudo é constatar que a maioria dos estádios do interior, onde acontecem jogos do Campeonato Mineiro, além de instalações ruins ou muito modestas, ainda possuem este tipo de grama, que hoje só é aplicada em canteiros de praças, taludes ou no pastoreio de caprinos e outros animais de pequeno porte. (Fecha o pano!)
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