22 de fevereiro, de 2019 | 17:00

Hipertensão arterial e estilo de vida

Nayara Zímer *

A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma doença que pode ter raízes genéticas ou multifatoriais, pode causar lesões nos chamados órgãos-alvo e, normalmente, os mais atingidos são cérebro, olhos, coração, artérias e rins. Caracterizada entre as doenças crônicas não transmissíveis – DCNT está associada a fatores como hereditariedade, obesidade, estresse, maus hábitos alimentares e sedentarismo. O consumo de alimentos ultraprocessados, fast food e temperos industrializados, que elevam o peso a níveis prejudiciais à saúde, comprometendo todo seu funcionamento.

Considerado um problema de Saúde Pública, a hipertensão apresenta custos elevados, em função das complicações advindas do desdobramento e agravos tais como, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular.

Os principais fatores de risco associados são idade, gênero, etnia, excesso de peso e obesidade, ingestão elevada de sal – seja no tempero dos alimentos ou o sódio em altos índices presente nos produtos industrializados, consumo de álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos e genéticos.

Muitas vezes a forma como os dias são conduzidos, constroem uma rotina desfavorável à saúde e qualidade de vida. É algo encaixado no espaço que existe no dia a dia, resultado de um raciocínio comportamental que vem apresentando resultados negativos ao longo dos anos.

As pessoas relatam cada vez menos “tempo livre” para cuidar da saúde, o que leva muitos a crer que a saúde cabe em um espaço que esteja livre e não que ela deva estar em primeiro lugar, já que sem a mesma as outras atividades tornam-se dolorosas ou até impraticáveis. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2013 a HAS já atingia 31,1 milhões de brasileiros, dados que representam mais e 20% da população do país, firmados principalmente no estilo de vida.

O equilíbrio sempre será o alicerce enquanto falarmos em saúde. Saber o que é regra e exceção colocando em prática, conhecendo os alimentos e entendendo o que eles são capazes de fazer pelo corpo ou contra o corpo determina esse caminho que passa por uma linha tênue, mas de grande expressão no que diz respeito aos resultados positivos ou negativos, estando diretamente ligados ao surgimento de doenças como a HAS dentre outras como diabetes, obesidade e câncer.

O caminho para a satisfação alimentar e saúde está em se conhecer, o autoconhecimento direciona e motiva. Afinal viver é mais que simplesmente repetir ações mecânicas do dia a dia, fazer diferente pode trazer novas possibilidades incríveis à saúde e qualidade de vida.

* Nutricionista (CRN9:19002). Graduada em nutrição pela faculdade Pitágoras de Ipatinga. Pós-graduanda em Nutrição Oncológica - Hospital Israelita Albert Einstein. Pós-graduanda em Nutrição Materno infantil

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