19 de fevereiro, de 2019 | 00:02
Confirmada a exoneração do ministro Gustavo Bebianno
Por decisão do presidente Jair Bolsonaro, general Floriano Peixoto assume a pasta, que não passará por mudanças
Alvo de uma campanha de desmoralização, de uma semana e bate-bocas virtuais, o ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência) deixou oficialmente o alto escalão e se tornou a primeira queda ministerial do governo de Jair Bolsonaro.A exoneração foi comunicada no fim da tarde desta segunda-feira (18) pelo porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros.
Ele classificou a decisão como de foro íntimo” do presidente, que em nota agradece a dedicação de Bebianno à frente da pasta e deseja sucesso na nova caminhada”.
Atual número dois da pasta, o general Floriano Peixoto assume de forma definitiva o ministério, que não passará por mudanças em sua estrutura.
O ministro despachava no Planalto e foi coordenador da campanha do presidente. Ele estava na corda bamba desde o dia 3 de fevereiro, quando o jornal Folha de S.Paulo revelou um esquema envolvendo candidaturas laranjas no PSL no período em que o ministro comandava a legenda.
Desde o começo de fevereiro, quando o jornal Folha de S.Paulo revelou um esquema envolvendo candidaturas laranjas no PSL, o futuro do ministro no governo estava incerto.
Bebianno era o presidente do partido na época dos repasses. As suspeitas recaem principalmente em uma candidata de Pernambuco que recebeu do partido 400 mil reais de dinheiro público.
Maria de Lourdes Paixão, 68 anos, virou candidata de última hora para preencher vaga remanescente de cota feminina. Ela gastou 95% do dinheiro em uma única gráfica para a confecção de 9 milhões de santinhos e 1,7 milhão de adesivos.
Há, ainda uma segunda suspeita que recai sob Bebianno. Ele liberou, também durante o período eleitoral, 250 mil reais de verba pública, para a campanha de uma ex-assessora Érika Siqueira.
Ela repassou parte do dinheiro para a mesma gráfica usada por Maria de Lourdes, que não tem maquinário para impressões em massa.
Uma outra reportagem da Folha, mostra que a empresa pertence a um membro do diretório estadual do PSL em Pernambuco e recebeu, ao todo, R$ 1,23 milhão dos fundos eleitoral e partidário.
Um caso parecido, de candidatura laranja envolve o ministro do turismo, o mineiro Marcelo Álvaro.
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