Câmara de Timóteo devolve projeto da Reforma Administrativa ao Executivo
Conforme o presidente da Câmara, o vereador Adriano Alvarenga apresentou duas propostas de emendas no dia da segunda votação, na terça-feira (5)
Wôlmer Ezequiel

Diogo Siqueira anunciou a decisão de retornar o projeto no início da sessão extraordinária
Em sessão extraordinária, realizada na tarde desta segunda-feira (11), o presidente da Câmara de Vereadores de Timóteo, Diogo Siqueira (PPL), decidiu retornar ao Executivo o Projeto de Lei (PL) nº 4.174/2018, que tratava da Reforma Administrativa, envolvendo cargos comissionados na prefeitura. A decisão foi anunciada no início da sessão, antes dos vereadores retomarem o debate acerca do PL, que havia sido adiado na sexta-feira (8).
Conforme o presidente da Câmara, o vereador Adriano Alvarenga apresentou duas propostas de emendas no dia da segunda votação, na terça-feira (5), entre elas, que os secretários tivessem formação no ensino superior conforme seus cargos e que o salário dos secretários fosse reduzido para ser equiparado ao dos vereadores. Com isso, a votação do PL foi adiada.
Na sessão extraordinária, realizada na sexta-feira (8), Adriano apresentou uma terceira proposta de emenda, alegando que 31 dos 144 cargos comissionados no PL seriam irregulares, de acordo com a lei. Com isso, os vereadores iriam retornar à votação nesta segunda-feira (11), para analisar as propostas de emenda, caso fossem aprovadas pelo colégio de líderes da Câmara. No entanto, o presidente do Legislativo decidiu retornar com o projeto ao Executivo, após um comunicado interno da Procuradoria Jurídica da Câmara acerca do PL. A devolução se deveu à compreensão desta presidência, baseado no posicionamento da procuradoria da Câmara, de que o PL 4.174/2018 possuía em seus diversos artigos a possibilidade de vícios de inconstitucionalidades. Essa dúvida foi suscitada pelo vereador Adriano Alvarenga e foi debatida pela Casa, examinada com muita cautela. E diante da percepção de que havia esse risco, em diálogo com o Executivo, eu compreendi que a melhor alternativa nesse momento era devolver o projeto ao Executivo, informou Diogo Siqueira.
O vereador Adriano Alvarenga aprovou a decisão da presidência de retornar o projeto ao Executivo, já que poderia haver irregulares nos 31 cargos comissionados do PL. A Justiça já havia declarado que tais cargos não podem ser ocupados por provimento em comissão, somente efetivo, e dentro da nossa análise, nós identificamos vários cargos, no total de 31, em que eles continuam inconstitucionais. Então essa decisão da presidência provou que estávamos corretos. E agora o presidente solicita que o prefeito possa enviar uma nova matéria que esteja coerente com a legislação, afirmou.
Executivo
Conforme o secretário de Planejamento, Fabrício Araújo, não há um prazo para a administração municipal retornar com um novo PL. Agora que voltou ao Executivo, nós vamos avaliar o projeto, apesar de nós discordarmos acerca do teor do pedido. Vamos rever o que está sendo proposto e vamos analisar o que pode ser mudado, porque, no nosso entendimento, nós enviamos um projeto cabível à Câmara, afirmou.
Segundo o secretário, o PL não tratava da contratação de novos servidores comissionados, iria manter os 144 já existentes e haveria um remanejamento de funcionários, além da criação de uma nova Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Nós entendemos que é necessário para o município, já que vivemos em uma era de recessão. Quanto ao aumento de custo, não influencia no orçamento do município. Teria um impacto orçamentário de R$ 25 mil por mês, aproximadamente. Considerando o ganho que essa secretaria pode trazer para o município, os prós são muito maiores que esse valor, citou.
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Luciano Marciano Pinto