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04 de fevereiro, de 2019 | 18:30

Bombeiros admitem que alguns corpos não serão encontrados

Conforme o tenente, chega um momento em que pela situação de decomposição dos corpos será difícil localizá-los

Divulgação Corpo de Bombeiros
A logística dos trabalhos e a decomposição dos corpos dificultam a localização das vítimasA logística dos trabalhos e a decomposição dos corpos dificultam a localização das vítimas

Em coletiva realizada na manhã de segunda-feira (4), em Brumadinho, o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, tenente Pedro Aihara, admitiu a possibilidade de que alguns corpos das vítimas do rompimento da barragem da Vale nunca serão encontrados.

Conforme o tenente, chega um momento em que pela situação de decomposição dos corpos será difícil localizá-los. "Em situações deste tipo, que a gente tem estrutura colapsada e lama, já é esperado que a totalidade dos corpos não seja encontrada. Então, a gente trabalha o mais rápido possível para poder ser efetivo e encontrar o maior número. Só que evidentemente, pela característica da tragédia e pela situação biológica de decomposição, alguns corpos a gente estima que, infelizmente, não serão possíveis de ser recuperados", avalia.

Ainda de acordo com Aihara, com o passar dos dias, além de ser mais difícil a localização, a logística para um resgate é muito mais complicada e lenta. No estágio atual, para cada novo corpo é preciso fazer um trabalho de escoramento do local e um meticuloso manuseio para não atrapalhar a identificação posterior pelo Instituto Médico Legal (IML). "Questão de quantidade de corpos vai diminuir mesmo. Com relação a tempo de operação, vai durar meses certamente. Em Mariana, que teve um número muito menor de corpos, ficamos três meses e aqui a gente pretende operar por esse tempo. A gente só vai parar quando for impossível fazer um resgate de corpos ", disse.

Até o fechamento desta edição, 121 corpos haviam sido resgatados, 114 já foram identificados e 205 pessoas estavam desaparecidas em Brumadinho. Em Mariana, onde a Barragem do Fundão se rompeu em novembro de 2015, foram 19 mortos sendo que um dos corpos nunca foi encontrado.
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