04 de fevereiro, de 2019 | 15:47

Arrancada do Galo

Fernando Rocha

Divulgação
Para o Atlético, a temporada 2019 começa de fato hoje, quando entrará em campo às 19h15, em Montevidéu, no Uruguai, contra o modesto Danúbio, iniciando a disputa da pré-Libertadores.

Se no papel surge na condição de favorito, o time comandado por Levir Culpi ainda é uma incógnita. Teve apenas um bom teste até agora, no empate de 1 x 1 contra o Cruzeiro, pois o nível paupérrimo dos adversários no Campeonato Mineiro impede qualquer avaliação mais criteriosa sobre o estágio em que se encontra.

Agora é o mata-mata da Copa Libertadores, mas há fatores positivos que despertam otimismo na torcida alvinegra, como, por exemplo, a chegada dos reforços para a defesa, setor mais deficiente da equipe no ano passado, bastante melhorado com o experiente Réver e o jovem Igor Rabello, este último o maior investimento feito até agora pela diretoria.

O time titular não deve fugir daquilo que espera o torcedor alvinegro, apenas com a ressalva ao sempre amado e odiado Patric na lateral direita, onde para muita gente deveria estar o recém-chegado Guga, cuja estreia foi considerada boa no último sábado, na vitória de 2 x 0 sobre o Guarani, pelo Mineiro.

A sensação é que este time do Galo possa ser melhor do que o do ano passado, com pelo menos dois jogadores de bom nível para cada posição. Mas é melhor aguardar!

Atropelou o Leão
Sem a pressão de ter que disputar duas competições ao mesmo tempo, já que a fase de grupos da Copa Libertadores só começa em março, o Cruzeiro vai surfando no Estadual como melhor lhe convém.

O técnico Mano Menezes usa nosso campeonato chinfrim como laboratório para testar jogadores recém-contratados e colocar em prática algumas variações táticas, sem abrir mão do estilo que mais gosta, que é marcar primeiro e, depois, se der, jogar bola.

Após dois empates consecutivos - contra Atlético e Boa Esporte -, a Raposa voltou a vencer pelo Mineiro no último domingo, por 3 x 0, executando um verdadeiro ‘atropelamento’ no fraquíssimo Villa Nova, o antigo ‘Leão do Bonfim’, em Nova Lima.

Jogo fraco, com um sol para cada um em campo, daqueles de fritar ovos no asfalto, serviu apenas para ver em campo os dois estreantes, o lateral-esquerdo Dodô e o meia Rodriguinho, que estiveram bem, embora sem mostrar ainda as condições físicas ideais.

Agora com jogos somente uma vez por semana, Mano Menezes terá tempo suficiente para achar a fórmula ideal que lhe permita abrigar, no time titular, Rodriguinho e Thiago Neves, e assim tentar o tricampeonato na Libertadores, o grande objetivo celeste este ano.

FIM DE PAPO
• Sobre uma possível volta de Diego Tardelli ao Galo, primeiramente acho que seria muito bom, pois é claro que qualidade técnica não lhe falta e isso acrescentaria muito ao time. Mas a pergunta que não quer se calar é a seguinte: Compensa investir tanto para ter o jogador, sendo que o clube está em fase de reestruturação financeira, atrasando os salários de jogadores como no ano passado?

• Acho que não. Mesmo que não tenha de comprar seus direitos econômicos, o salário anunciado de R$ 800 mil estaria fora do patamar permitido ao futebol brasileiro, além das suas possibilidades financeiras atuais. E poderia criar um ambiente ruim no vestiário, devido à disparidade salarial que seria criada em relação aos demais jogadores.

• Na sua excursão ao estilo ‘bye bye’ Minas Gerais, o América tem motivos para comemorar a obtenção de quatro dos seis pontos disputados fora de casa na última semana. Enquanto seus rivais, Galo e Cruzeiro, fretaram aviões para mandar suas equipes a Tombos e Varginha, deixando pontos para trás, o Coelho viajou 1.624 km de ônibus com bons resultados, assegurando a permanência na liderança do Mineiro. Matheusinho finalmente está desencantando, ao lado do artilheiro Marcelo Toscano, os dois destaques neste início positivo do Coelho no Campeonato Mineiro.

• A exemplo do que acontece aqui nos nossos grotões, a qualidade técnica dos times do interior no Campeonato Carioca é baixíssima. Pior ainda é o estado dos gramados e instalações dos estádios, o que motivou Vasco e Fluminense a transferirem o clássico do último fim de semana para o Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Eles só não contavam com a também lastimável situação do gramado no estádio mais caro construído para a Copa de 2014, nosso maior ‘elefante branco’, que já levou para a cadeia - por corrupção - dois ex-governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, além do ex-governador Tadeu Filippelli.

Para piorar ainda mais, o assoprador de apito deixou de marcar um pênalti vergonhoso a favor do Fluminense, o que foi determinante para a vitória vascaína por 1 x 0. (Fecha o pano!)
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