25 de janeiro, de 2019 | 14:00
Equilíbrio social e vida saudável, uma conta com saldo positivo
Nayara Santos Zímer*
Muitas pessoas acreditam que, para o êxito em tratamento nutricional em perda de peso e redução do percentil de gordura, é fundamental que se esqueça o mundo em que vive, abra mão de tudo o que gosta, e muitas vezes das pessoas que gostam, por essas pessoas estarem atreladas a um ciclo social ligado a confraternizações, que inevitavelmente é regado a comidas nada saudáveis.Hoje vemos que existe uma gama enorme de pessoas que experimentam o efeito sanfona há anos, vivem como numa roda gigante, e o mais grave de todo este quadro é que elas acabam se acostumando a ele. Essa bola de neve tem efeitos muito mais deletérios que simplesmente o aumento do peso na balança. Estudos populacionais concluíram que esses pacientes desenvolvem, juntamente com os episódios de ganho e perda rápida de peso, quadros de ansiedade, insônia e imediatismo, que adoecem pouco a pouco, fazendo com que percam o domínio sobre si e tenham baixíssima autoestima, o que vem contribuindo para o crescimento da depressão e o refúgio no uso de drogas ilícitas. O que a torna ainda mais escrava deste ciclo vicioso e venenoso.
Quando falamos em nutrição, falamos em saúde. É impossível praticar nutrição de forma ampla, separada de condutas prósperas ao corpo ou que o restaure de alguma maneira. Quando nos dirigimos aos pacientes em tratamento para perda de peso, vemos muitas vezes o desequilíbrio entre o que é regra e o que é exceção. A palavra-chave para todas as ações da vida é o equilíbrio, por meio dele se aprende que nada é nunca nem sempre. Quando o controle é tomado por parte do paciente, a lucidez nutricional passa a manobrar o equilíbrio.
Não é a pizza do fim de semana ou o bolo de aniversário que torna um paciente viciado em açúcar, com graus elevados de obesidade que o levam ao desenvolvimento de doenças crônicas. Mas o que coordena tudo isso é o equilíbrio, o pensar entes de agir, o fato de lembrar qual é o seu objetivo, o que o levou ao quadro atual e quais as ações podem tirá-lo dessa situação. Diante disso vemos o quão é imprescindível que o paciente esteja sob os cuidados do profissional nutricionista.
Aprender a lidar com a comida é hoje, sem dúvida, a maior lição que a humanidade pode aprender, seja no nicho do exagero ou da falta dela. O ato de cuidar tem amplitudes que alcançam desde o acesso ao alimento até a forma de preparar e comer.
Alimentos minimamente processados como frutas, verduras e legumes devem sempre ter um espaço maior na vida e no prato, afinal cuidar é um exercício.
*Nutricionista CRN9: 19002, pós-graduanda em Nutrição Oncológica (HIA),
colunista Diário do Aço palestrante
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