21 de janeiro, de 2019 | 18:02

Desabastecimento hídrico volta a causar problemas em Timóteo

Moradores de Timóteo voltaram a protestar contra os problemas no abastecimento hídrico do município. A vizinhança do bairro São José foi à Prefeitura de Timóteo na tarde desta segunda-feira (21) para reclamar da intermitência no fornecimento de água. Já os moradores do Macuco se manifestaram sobre o corte das ligações à rede da Copasa.

São José e região

No dia 22 de novembro de 2018, quatro adutoras foram atingidas por um deslizamento de terra, que rompeu parte da tubulação e inundou a avenida Acesita entre os bairros São José e Ana Rita. Desde então, os moradores dos bairros da Regional Sul setor 1 tem sofrido com a falta constante de água.

Michele Duarte Martins, que mora há 11 anos no bairro São José, detalha que desde o fim da semana passada que o bairro não é abastecido. “Este problema começou em novembro e até hoje não foi resolvido. A gente fica uns quatro dias sem água, depois cai um pouquinho, e assim tem sido desde o ano passado. Há cinco dias consecutivos que estamos sem água. A rotina tem sido complicada, certos dias quase não temos água para tomar banho ou para beber. É preciso chamar o caminhão-pipa para abastecer as casas que ficam sem água, algumas vezes”, pontua a moradora.

Em nota, a administração de Timóteo informou que o problema de desabastecimento motivou uma Ação Civil Pública do Município na Justiça. “No fim de semana, além de reclamações dos moradores do bairro São José, o Departamento de Serviços Urbanos da Secretaria Municipal de Obras recebeu reclamações dos bairros Ana Rita, Limoeiro, Recanto Verde e Macuco. A orientação é para que o morador com problema de abastecimento ligue para a Copasa - que é a responsável pelo serviço - e pegue o número do protocolo”, completa a nota enviada pelo Poder Executivo Municipal.

Macuco

A Copasa realizou o desligamento de diversas ligações ilegais no Macuco. Em entrevista anterior ao Diário do Aço, o superintendente da Copasa, Albino Campos, informou que, somente no bairro, 20% das ligações à rede da concessionária eram clandestinas.

A administração de Timóteo informou em nota que “não tem interferência ou participação na decisão da Copasa de interromper o serviço de abastecimento de água na ocupação do bairro Macuco”.
“O município tem feito a sua parte ao disponibilizar caminhões-pipa para abastecer aquela comunidade. Em virtude da complexidade do problema, pede a compreensão dos moradores do Macuco”, detalha a gestão municipal.

Na tarde desta segunda-feira (21), foi realizada uma manifestação de moradores da ocupação do bairro Macuco e de representantes da organização denominada Brigadas Populares no Paço Municipal contra o corte de água. O procurador geral do Município, Humberto Abreu, reiterou que Timóteo não tem nenhuma participação sobre a ação da Copasa. Assim que teve conhecimento da medida, destinou caminhões-pipa para atender os moradores.

Na reunião foi elaborado um ofício endereçado ao superintendente Operacional da Copasa no Vale do Aço, Albino Júnior Batista Campos, solicitando o pronto restabelecimento do abastecimento.

Copasa

A Copasa informa em nota que o abastecimento de água no bairro São José, em Timóteo, seria normalizado, de forma gradativa, na noite desta segunda-feira (21) e que “para garantir o abastecimento na região, estão sendo realizadas manobras operacionais no sistema”.

A Copasa ainda informa que “não é responsável pelos serviços de abastecimento de água na ocupação do bairro Macuco, em Timóteo, pela falta de regularização fundiária, conforme restrições impostas pelo Termo de Compromisso assinado com Ministério Público do Estado de Minas Gerais. A Companhia esclarece ainda que o serviço de identificação e supressão de ligações clandestinas no bairro foi realizado de acordo com o disposto na Resolução 040/2013, da Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG)”.