
14 de janeiro, de 2019 | 17:15
Protesto de pescadores fecha ferrovia em Baixo Guandu
Os manifestantes impediram a passagem de um trem de carga na parte da manhã, em Baixo Guandu
Secretaria de Comunicação de Baixo Guandu
Manifestantes afirmam que muitas pessoas ainda não receberam a indenização pelos prejuízos causados pela lama de rejeitos de minério que atingiu o Rio Doce

Um grupo formado por centenas de pessoas, entre elas pescadores, fechou a Estrada de Ferro Vitória-Minas em um protesto contra a Fundação Renova. Os manifestantes impediram a passagem de um trem de carga na parte da manhã, em Baixo Guandu. Os manifestantes são de Minas Gerais e de cidades do Espírito Santo cortadas pelo Rio Doce (Baixo Guandu, Colatina e Linhares), que foram impactadas pela lama de rejeitos de minério da Samarco.
Em função da interrupção da linha férrea, o tráfego dos trens de passageiros ocorreu com restrições nessa segunda-feira.
O protesto começou por volta das 9h. Pescadores e vendedores de peixe que dependiam do rio para trabalhar afirmam que muitos profissionais ainda não receberam a indenização pelos prejuízos causados pela tragédia ambiental, que aconteceu em novembro de 2015.
Na época, uma barragem da mineradora rompeu-se em no distrito de Bento Rodrigues, no município de Mariana e a lama de rejeitos invadiu o Rio Doce.
Veja atualização da notícia:
Por ordem da justiça, manifestantes desbloqueiam ferrovia
Resposta
A Fundação Renova, responsável por gerenciar os recursos para a recuperação das áreas atingidas e ressarcimento dos moradores e trabalhadores prejudicados, informou que desde 2015 já foram pagos R$ 1,3 bilhão em indenizações e auxílio financeiro emergencial a mais de 26 mil pessoas. Além disso, garantiu que quem tem direito vai continuar recebendo os benefícios.
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