12 de janeiro, de 2019 | 09:00

Circulação do vírus 2 da dengue preocupa em Timóteo

Segundo o comitê, o impacto da circulação do vírus tipo 2 é preocupante

O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes (LIRAa) de Timóteo será realizado no dia 21 de janeiro, após o treinamento dos novos agentes de endemias aprovados no Processo Seletivo, segundo informado pelo Comitê Interinstitucional de Enfrentamento às Arboviroses do município.

O comitê se reuniu na quinta-feira (10) para traçar as ações para 2019 com foco na prevenção, combate, tratamento e ações para a erradicação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti.

A coordenadora da Atenção Primária da Secretaria Municipal de Saúde, Cristiane Valgas, ressaltou a entrada do vírus tipo 2 (o mais agressivo dos quatro vírus existentes). “Meu filho teve Chikungunya e precisou ser internado devido à gravidade do quadro. Em caso de crianças menores de 9 anos a internação é imediata para fazer soroterapia”, relatou Cristiane, exemplificando com a experiência própria vivida no final do ano passado.

Segundo o comitê, o impacto da circulação do vírus tipo 2 é preocupante. A reinfecção pelos diferentes sorotipos pode resultar em viremias mais intensas ou outras alterações imunológicas que, por sua vez, agiriam como gatilho para doenças autoimunes, como a síndrome de Guillain-Barré.

A atual presidente do comitê, Madalena Rodrigues, alertou para a possibilidade de uma epidemia no município caso a comunidade não adote medidas preventivas permanentes. “Além disso, recebemos comunicado do estado avisando que não teremos insumos para a realização de exames. Portanto, os diagnósticos deverão ser fechados na consulta clínica”, frisou Madalena. A detecção das infecções por Dengue, Chikungunya e Zica são difíceis em razão de similaridades e tem implicações mais sérias na transmissão em idosos, grávidas e crianças.

Auto de Infração

De acordo com o Comitê Interinstitucional de Enfrentamento às Arboviroses de Timóteo, foi colocado em prática em 2019 o Auto de Infração em consonância com a Lei Nº 2.938/2009. Os proprietários ou locatários ficam obrigados a adotar medidas necessárias à manutenção dos imóveis limpos, sem acúmulo de lixo, entulhos e materiais inservíveis a fim de evitar a proliferação de mosquitos causadores de doenças. A Lei prevê inclusive a apreensão de materiais que acumulam água e sirvam de criadouros para os mosquitos. Quem não cumprir com a lei pode ser penalizado com aplicação de multas, com a inutilização de recipientes, apreensão e remoção de materiais pelo Poder Executivo, entre outras medidas.