27 de dezembro, de 2018 | 17:01
Minas abre chamada de pesquisas para recuperação do Rio Doce
Já a Chamada 10/2018 tem o objetivo de estudar os danos dos sistemas aquáticos e ripários decorrentes do rompimento da barragem
Arquivo DA
Duas chamadas públicas vão destinar mais de R$ 20 milhões para custear pesquisas na Bacia do Rio Doce
A Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), em parceria com a Fundação Renova, lançou mais duas chamadas públicas voltadas para a recuperação das áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. Ao todo, as chamadas públicas 09/2018 e 10/2018 vão destinar mais de R$ 20 milhões para custear pesquisas na Bacia do Rio Doce, tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo.
Deste montante, R$ 5,7 milhões, relativos à chamada pública 09/2018, vão ser aplicados em projetos de pesquisa que proponham soluções para a recuperação socioeconômica e socioambiental das áreas atingidas. As submissões para a chamada podem ser feitas até 31 de janeiro de 2019 e estão abertas a Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) sediados em Minas Gerais ou no Espirito Santo.
Vão ser selecionados e financiados projetos de pesquisa de até R$ 1 milhão e com prazo para desenvolvimento de 24 meses. As propostas devem abordar uma ou mais linhas temáticas apresentadas na chamada, como pesca, educação e cultura, uso sustentável da terra e monitoramento de ecossistema.
Não existe conhecimento disponível no mundo para lidar com um desastre dessa dimensão. É uma situação nova para o mundo. Nestes casos, a ciência pode ajudar a encontrar as melhores soluções”, comenta o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig, Paulo Sérgio Beirão.
Já a Chamada 10/2018 tem o objetivo de estudar os danos dos sistemas aquáticos e ripários decorrentes do rompimento da barragem. A ideia é de acompanhar a evolução dos sistemas e de gerar conhecimento estratégico para orientar os trabalhos de mitigação e de reparação com vistas à melhoria da qualidade ambiental, no mínimo à situação pré-rompimento.
A ideia é que, ao fim do tempo necessário, a região fique melhor do que estava antes. Ela já estava impactada, portanto, temos agora a oportunidade de colocá-la num estágio muito melhor”, acredita Beirão.
Os recursos alocados para financiamento desta chamada são da ordem de R$ 15 milhões e o prazo de execução de cada projeto contratado é de até 60 meses. As propostas das ICTs serão recebidas pela Fapemig até 11 de fevereiro de 2019, dentro de linhas temáticas que englobam processos biogeoquímicos, biota aquática, matas ciliares, entre outras.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]