07 de dezembro, de 2018 | 13:30

Belo Horizonte ganha lunetas para observação da paisagem urbana da cidade

Duas peças serão inauguradas, nesta quinta-feira, dia 6, na rua Sapucaí, região conhecida recentemente pelo renascimento cultural e pelas obras do Circuito Urbano de Arte (CURA)

Divulgação
Em comemoração ao aniversário da capital mineira, foram instaladas lunetas de observação terrestre em dois pontos da cidadeEm comemoração ao aniversário da capital mineira, foram instaladas lunetas de observação terrestre em dois pontos da cidade

Valorizar ainda mais nossa paisagem urbana. É com esse objetivo que a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio de Belotur, oferece uma opção para quem quer observar com mais detalhes o horizonte. Em comemoração ao aniversário da capital mineira, foram instaladas lunetas de observação terrestre em dois pontos da cidade. Duas peças serão inauguradas, nesta quinta-feira, dia 6, na rua Sapucaí, região conhecida recentemente pelo renascimento cultural e pelas obras do Circuito Urbano de Arte (CURA). O outro local que ganhou o presente foi o Mirante dos Mangabeiras, com três peças.

“Belo Horizonte já é uma cidade cheia de mirantes, de vistas surpreendentes, com vários pontos de contemplação. O que estamos fazendo com a instalação dessas lunetas é colocar uma ‘grande angular’ nesses locais, valorizando o que a cidade tem de melhor. E essas são só as primeiras. O plano é levar o projeto para outros mirantes da capital”, defende Aluizer Malab, presidente da Belotur.

As lunetas escolhidas são resistentes a água, vento, sol e adversidades causadas pelo clima. Com um sistema de observação terrestre com capacidade ótica de aproximação (zoom), o aparelho é composto por lentes antirreflexivas de qualidade superior, montado em um corpo blindado de alumínio fundido. As lentes possuem foco pré-ajustado conforme o local de instalação. Dessa forma, os usuários não precisarão fazer nenhum tipo de regulagem, o que facilita a observação por pessoas de todas as idades, mesmo aquelas que não tenham muita habilidade no manuseio do equipamento. Todas as lunetas giram no sentido vertical e horizontal.

A instalação foi feita com apoio da Sudecap, tanto na rua Sapucaí, quanto no Mirante dos Mangabeiras. Neste segundo, houve também o acompanhamento da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica. O material e os equipamentos necessários para a intervenção foram fornecidos pela Belotur . “A qualificação dos espaços turísticos da cidade é muito importante. Ela traz benefícios não só para os nossos cidadãos, mas também para as pessoas que visitam esses locais tão icônicos como o Parque das Mangabeiras”, comenta Sérgio Augusto Domingues, presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.


(Prefeitura de Belo Horizonte)
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Comentários

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Luiz Cláudio

11 de dezembro, 2018 | 17:35

“Realizei uma visita á Rua Sapucaí para conhecer as Lunetas instaladas em comemoração aos 121 anos da cidade de Belo Horizonte. Contemplei um experiência gratificante, emocionante, radiante na manhã do dia 08/12/2018. Vi, observei e enxerguei o que deveria ver e também o que não gostaria de ver, mas a experiência do ver é pessoal. Observei uma cidade dividida entre uma arte superficial (pichações) e uma arte profissional (pinturas nos paredões dos edifícios). Utilizei meu celular como testemunha de tudo o que enxerguei, observei e vi. Posicionei a Luneta e direcionei para o que gostaria de ver. Coloquei o celular com a lente virada para o orifício e a experiência foi magnifica. O olho viu e o celular também viu, então registrei muitas imagens. Vou descrever tudo o que foi visto em torno da nossa cidade. Compartilhei nas redes sociais e muitas pessoas ficaram emocionadas, chocadas, despertadas e interessada em enxergar o que foi visto, porém o observar é individual. A segunda Luneta instalada em frente ao número 153 estava com as lentes embaçadas. A umidade esta adentrando a estrutura onde estão as lentes, e não foi possível descrever a experiência deste ponto. Vi até mais do que deveria ter visto. Duas cidades! Expressão artística e ausência de expressão. Gente espalhada por todos os lados. Gente com vida e também gente sem vida alguma. E vi muita gente esperando a Morte chegar. E que experiência para alguns minutos. uma parada nos faz enxergar, olhar e VER. Vi e logo enxerguei. Na praça Rui Barbosa: Gente com vida e sem vida, gente viva e gente morrendo, gente com esperança e também sem esperança, gente com muitas sacolas e gente sem sacola alguma, Gente alegre e gente muito triste, gente com saúde e gente doente! Tosse, Sífilis, HIV, ausência de higiene, magreza, gente com gente. Dormindo e relacionando - se. Vi A Bohemia encostada pelos cantos e "pelas ruas da cidade". Garrafas espalhadas e "sujeira pra todo lado". Enxerguei um jovem de mangas de camisa passando droga para um Senhor de camisa preta. Vi um Senhor careca de rosto barbudo pedindo uns trocados aos motoristas parados na Rua Da Bahia - um grupo logo a frente sentados no banco da praça contabilizando os trocados para comprar: "A Barrigudinha" que provoca danos devastadores. No final da Avenida Santos Dumont duas realidades parecidas: Um Andarilho ou Mendigo... um na porta da padaria esperando uma migalha. Com a boca aberta aguardando por benevolência ou caridade. Nos bancos da avenida... um Bebum deitado no colo do outro implorando aos transeuntes uns trocados, pois gastou tudo o que tinha, até as forças na noite anterior. Ainda sem saber se estarão vivos no final do dia! Novamente na praça Rui Barbosa: Enxerguei, Vi e observei mesmo sem querer acreditar a Morte caminhando, andando e vagueando entre os vivos. Sentou-se ao lado de um pobre coitado. Não carregava Foice! Deve ser porque é Dezembro. Mas ela vai ficar e permanecer por lá, pois tem muita gente querendo e desejando ela por lá. Subida da Rua Além Paraíba: Dois carros de Polícia e um da Guarda Municipal tentando manter ordem em meio ao Caos. Gente - Zumbi andando pra lá e pra cá. Sem sentido algum! Sem direção alguma! Droga, drogas e variações... com a garrafinha de água na mão suja para hidratar. Boca Seca. Sujeira da Rua e na Rua. Pobre Coitados! Na Rua Guaicurus... Homens e Mulheres num vai e vem frenético. Homossexuais, bissexuais, transexuais, heterossexuais, casados, solteiros, separados, amigados, divorciados. Corpos querendo satisfazer e dar prazer a outros corpos. Corpo machucando corpo e ferindo outros corpos. Corpo tentando sentir prazer com outro corpo. Corpo deleitando-se em outros corpos... Sobe e Desce! move se como o subir e descer das escadas dos prostíbulos. Cidade que segue sob o olhar de dentro da Luneta. O olho vê através do buraco na lente ampliada a cidade que caminha cavando buracos. tentativa de um roubo entre os carros na busca de um celular pelas janelas do coletivo. Perdeu...Perdeu! A lente Amplia a bondade, a necessidade, a doença, a vida da cidade, mas também amplifica a beleza, a esperança, a riqueza da cidade. No alto daquele edifício, onde a mensagem que a negra traz impressa no seu Ventre - Coragem uma Pomba voa e geme arrulhando a seguinte mensagem: Nesta cidade tem lugar e espaço pra muita gente, mas os lugares não poderão ser ocupados por todos. Nem todos querem ser sarados ou encontrados! Não enxerguei mais porque a lente da segunda Luneta estava embaçada.”

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