
01 de dezembro, de 2018 | 10:10
Hospital em Coronel Fabriciano corre o risco de ser fechado se vereadores modificarem orçamento de 2019
A administração afirma que a maior parte dos remanejamentos feitos em 2018 atendeu ao Hospital Dr. José Maria Morais, em alguns casos, chegou a 27% para honrar o pagamento dos servidores públicos
Arquivo DA
Administração alega que que mudanças no orçamento podem inviabilizar manutenção de hospital

Em Coronel Fabriciano, mudanças propostas por vereadores na peça orçamentária para 2019 também causam apreensão. Na sexta-feira (30), o prefeito Marcos Vinicius e o Secretário de Governança Financeira e Orçamentária, Wander Ulhôa, informaram que, caso a Câmara dos Vereadores aprove o orçamento com a emenda modificativa de número 6, proposta na reunião extraordinária, realizada no dia 7 de novembro, o Hospital Dr. José Maria Morais corre o risco de ser fechado.
Conforme o governo, a emenda modificativa número 6, que tem os vereadores Marcos da Luz, Édem Almeida e Thiago Lucas, todos do Partido dos Trabalhadores, solicita alteração do Artigo 8°, que estipula que o valor máximo de 30% do remanejamento caia para 2%, atingindo o fluxo e autonomia da Administração Municipal em escolher para qual área remaneja dinheiro. O remanejamento é realizado pelo poder Executivo quando vê a necessidade em complementar o valor gasto por uma pasta. A administração afirma que a maior parte dos remanejamentos feitos em 2018 atendeu ao Hospital Dr. José Maria Morais, em alguns casos, chegou a 27% para honrar o pagamento dos servidores públicos.
Estamos sacrificando algumas obras de pavimentação, tirando de outras secretarias para manter o hospital de portas abertas. Eu como médico levanto esta bandeira da saúde. Tem coisas que não pode esperar a Câmara dos Vereadores aprovar, como por exemplo, um equipamento que fornece oxigênio para uma paciente”, afirma Marcos Vinicius.
Segundo o Secretário de Governança Financeira e Orçamentária, Wander Ulhôa, a administração com os atrasos nos repasses do Governo Estadual, que chegam a R$ 9 milhões somente para o hospital, e quase 50 milhões de outros repasses, a alternativa da gestão foi buscar outras fontes de recursos e caso o poder legislativo aprove o remanejamento com 2% os riscos de um possível fechamento do hospital é eminente.
Se nós tivermos uma margem de remanejamento pequena isso tornará a execução orçamentária extremamente lenta, por que o hospital é financiado pelo Estado, que este ano pagou apenas três parcelas para o Município. Se ficarmos submetidos apenas 2%, infelizmente não podemos garantir que o salários dos servidores serão pagos e muito menos o mantimento do hospital”, conclui. A data para a segunda votação do orçamento ainda não foi definida.
Servidores
Conforme nota divulgada pela administração fabricianense, a dívida do Estado com os municípios mineiros já acumulada mais de R$ 10,5 bilhões e cerca de 170 municípios mineiros já decretaram situação de calamidade financeira. "Mesmo com a crise, o município de Coronel Fabriciano ainda está conseguindo manter o pagamento de seus funcionários em dia. A primeira parcela do 13° foi paga integralmente em setembro e a segunda parcela será paga até o dia 20 de dezembro, visto que a folha de pagamento do mês de novembro também já foi cumprida", destacou.
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Zé de Minas
02 de dezembro, 2018 | 15:04Para estes vereadores o quanto pior,melhor. Não fazem nada durante o ano todo,só comendo às custas da população.Eles querem mais,é o povo se exploda. Mas a verba deles já esta garantida para até o final do mandato. é uma vergonha”
William Loures
02 de dezembro, 2018 | 13:09Aparentemente é manobra política com intuito de prejudicar a atual administração, é a oposição de um partido derrotado querendo aparecer sem pensar no bem estar da população! Pena que nem todos podem pagar seu próprio plano de saúde!”