16 de novembro, de 2018 | 18:00

Justiça de Coronel Fabriciano cria Círculos Restaurativos

Segundo a supervisora de conciliação do Cejusc, Maria da Glória Silva Tomaz, trata-se de processo estruturado no diálogo, em busca de transformação interna, com foco nas emoções e relações interpessoais

Wôlmer Ezequiel / Arquivo DA
Fórum de Coronel Fabriciano promove Círculos Restaurativos com vítimas de violência domésticaFórum de Coronel Fabriciano promove Círculos Restaurativos com vítimas de violência doméstica

Criar um espaço de livre expressão e superação para vítimas de violência doméstica. Esse é o objetivo dos Círculos Restaurativos, criado pelo Centro Judiciário de Solução de Conflito e Cidadania (Cejusc), pela 1ª Vara Criminal, Infância e Juventude e pela equipe psicossocial do fórum de Coronel Fabriciano.

Nesta primeira edição, iniciada dia 13, foi promovido o primeiro encontro, do total de três, ou seja, um por semana. Mas a intenção é realizar um grupo de sessões a cada trimestre, para aumentar o número de mulheres atendidas e a eficiência do projeto. Cada reunião tem duração aproximada de duas horas com presença de 8 a 10 participantes. Os encontros são conduzidos por duas facilitadoras: a psicóloga Rafaela Toledo Amorim e a assistente social Luciana Ferreira de Melo.

Para o juiz Ronaldo Souza Borges, coordenador do Cejus da Comarca e Juiz da 2ª Vara Cível, o projeto foi pensado dentro da metodologia da justiça restaurativa, que, com o envolvimento de psicólogos e assistentes sociais, ajuda a vítima a se fortalecer e superar os traumas das agressões sofridas. “Um processo que envolve conversas e trocas de experiências, essencial para uma superação mais rápida”, explica o magistrado.

Segundo a supervisora de conciliação do Cejusc, Maria da Glória Silva Tomaz, trata-se de processo estruturado no diálogo, em busca de transformação interna, com foco nas emoções e relações interpessoais. “A ideia é criar um ambiente seguro e acolhedor, para que as participantes se sintam confiantes em ouvir e expor suas experiências e, ao final do processo, serem capazes de ampliar o olhar sobre si mesmas, sobre suas vivências e sobre seu papel social, enfim, que seja um pontapé para uma desconstrução e reconstrução da realidade vivida pelas mesmas”, afirma.

Justiça Restaurativa

A justiça restaurativa é uma técnica de solução de conflitos que prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores. A meta é resolver outras dimensões do problema, que não apenas a punição. No caso de Coronel Fabriciano, o foco está na reparação dos danos emocionais das vítimas de violência doméstica.
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Comentários

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Maria

17 de novembro, 2018 | 13:20

“As vítimas de violência, seja ela doméstica ou não, precisam sim de uma atenção do estado, pois os agressores condenados já são assistidos pelo estado e tem o apoio dos diretos dos manos!”

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