07 de novembro, de 2018 | 17:02
Vozes do rádio: nesta quarta é comemorado o Dia do Radialista no Brasil
Em homenagem à Ary Barroso, a data foi sancionada em 2006
Divulgação
Para Carla Araújo, a força e resistência do rádio estão entre os pontos de maior fascínio pela profissão
Para Carla Araújo, a força e resistência do rádio estão entre os pontos de maior fascínio pela profissão
Se para chegar até você ele atravessa ondas as eletromagnéticas , é também por conta das cordas as vocais de milhares de radialistas que o rádio se mantém como uma das principais formas de comunicação do Brasil. Mais precisamente, ocupando a terceira posição, conforme apontou levantamento do Ibope, em 2016. Em homenagem às vozes das inúmeras emissoras de rádios é comemorado nesta quarta-feira (07), o Dia do Radialista.
Instituída em 2006, pelo então presidente Lula, a escolha da data faz referência ao dia do nascimento do compositor e radialista Ary Barroso, em 7 de novembro de 1903. Somente entre maio e julho de 2017, conforme apontou dados de uma pesquisa também do Ibope, 52 milhões de pessoas escutaram rádio dedicando em média 4 horas do dia à atividade em 13 regiões metropolitanas do país.
Para a jornalista e radialista Carla Araújo, a força e resistência do rádio estão entre os pontos de maior fascínio pela profissão. Se adapta a todas as mudanças na comunicação e atinge um público enorme. Com as novas mídias, faço rádio e estou ao vivo nas minhas redes sociais com grande audiência e participação ativa do público”, analisa Carla.
A comunicadora também conta que, enquanto construía uma história no telejornalismo, não deixou de nutrir a vontade de atuar novamente no radiojornalismo, onde teve experiências no início da carreira. Durante os mais de vinte e cinco anos de TV, a vontade de voltar ao rádio ficou ali adormecida, muito por conta de minha dupla ocupação: como Gerente de Jornalismo e Apresentadora da TV Aratu (SBT), onde trabalhei até meados de 2017. A migração foi excelente, me adaptei facilmente ao rádio”, revela.
À frente do programa Extraordinário, na Excelsior FM, um dos grupos mais tradicionais de comunicação da Bahia, Carla Araújo destaca duas diferenças entre o rádio e a TV: espontaneidade e simplicidade. A operação de colocar um programa de TV no ar é bem mais complexa. Com o rádio é mais simples, mais espontâneo. E sendo espontâneo, exige bagagem, recurso para produzir um bom conteúdo”, avalia.
Quer estudar Rádio? Conheça a graduação
O curso de Rádio tem duração média de quatro anos e é oferecido apenas na modalidade bacharelado. No geral, é comum a graduação ocorrer associada a outro meio de comunicação, como TV ou internet.
Assim, as graduações são nomeadas como Rádio, TV e Internet ou somente Rádio, TV e Internet, por exemplo, é bem dinâmico e apresenta em sua grade diversas disciplinas que vão desde a parte mais técnica, como informativa e de entretenimento. Nós aprendemos programação, sobre os tipos e nomes dos cortes e sobre a história do rádio.
Além disso, temos aulas de edição, iluminação, fotografia. O curso também é composto por bastante teoria”, conta Paloma Medeiros, Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), em Salto SP, e bolsista do Programa Educa Mais Brasil. Oferecida por instituições de ensino público ou privado, a graduação em Rádio pode ser cursada por meio da nota do Enem através de programas como Sisu, Prouni ou Fies. Há ainda programas de incentivo estudantil, que oferecem bolsa de estudo com diversos descontos para as instituições particulares.
Roberto Paim Educa Mais Brasil
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