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07 de novembro, de 2018 | 15:40

Alergia Alimentar

Nayara Santos Zímer *

“O aumento dos casos de alergia alimentar chega a 30% ao ano”

Hoje em todo o mundo são identificados casos de alergia alimentar, seja na infância, seja na vida adulta. E, quando surge na vida adulta, a alergia tende a ter o caráter mais agressivo, necessitando extremo tato profissional e atenção por parte do paciente.

Classificada como uma questão de saúde pública, o aumento dos casos de alergia alimentar chega a 30% ao ano, de acordo com estudo do Consenso Brasileiro sobre Alergia alimentar, publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai). Sabe-se ainda que é caracterizada por uma série de reações, adversas que podem ir desde resposta cutânea – na pele, gastrointestinais, entre outros até a anafilaxia. Passando ainda por alterações do sono, cefaleia, olheiras, caspa, cansaço excessivo, entre outros.

Tendo seu surgimento relacionado principalmente com a genética, a alergia alimentar possui ainda mediadores de enorme importância como, a não amamentação, histórico de doença que tenha debilitado o sistema imune como a febre reumática por exemplo, excesso de antibióticos, medicamentos inibidores de ácido gástrico – muito utilizado sem interrupção por anos, por uma gama significativa de indivíduos, aumento dos nascimentos por cesariana, exposição a alimentos industrializados e processados alteração da microbiota intestinal.

Nos primeiros anos de vida, a alergia alimentar pode surgir e seus sinais são os mais diversos, vão desde irritações suaves ou mais agressivas inchadas na pele, coceira generalizada, vômito e diarreia, gases e cólicas, inchaço na língua, lábios e face, tosse e chiado ao respirar, dificuldade para respirar até a coriza. Podem ocorrer “pequenos raios de sangue” nas fezes da criança, indicando provável lesão intestinal baixa.

A reação anafilática é uma reação grave, no choque anafilático, o alimento, induz o aparecimento de coceira generalizada, edema (inchaços), tosse, edema de glote, rouquidão, espasmos, diarreia, dor de barriga, vômitos, aperto no peito com queda da pressão arterial, arritmia cardíaca e colapso vascular (choque anafilático), o socorro deve ser imediato, pois apresenta grande potencial de morte ao indivíduo.

A nutrição tem o papel de melhor estabilizar tanto a criança quanto o adulto, imunologicamente. Lembrando que o intestino é responsável pelo equilíbrio desse sistema. Ainda pode contribuir positivamente, oferecendo um leque alimentar variado, com novos alimentos e formas de suprir desejos e preparações. Sabe-se que muitas vezes fatores externos como balões de festa, giz de quadro negro, pó de magnésio (muito utilizado nos Box de Crossfit), entre outros não comestíveis, também podem desencadear reações graves em pessoas com a alergia em estágio agressivo.

Hoje a indústria já consegue perceber essa grande parcela que precisa de diversidade com exclusão principalmente de leite de vaca e corantes artificiais. Pegando uma carona na alimentação vegana principalmente, pessoas com alergias alimentares conseguem de uma forma positiva equilibrar saúde e qualidade de vida.

Essa inclusão sugere maior socialização e coloca em pé de igualdade todas as escolhas, independentemente de restrições. Afinal, desde os primórdios a comida é um meio de convivência em sociedade.

* Nutricionista (CRN9:19002). Graduada em nutrição pela faculdade Pitágoras de Ipatinga. Pós-graduanda em Nutrição Oncológica - Hospital Israelita Albert Einstein. Pós-graduanda em Nutrição Materno infantil.

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