
19 de outubro, de 2018 | 14:35
Processo contra Bolsonaro, por caixa 2 tem relator definido no TSE
Pedido de investigação de Haddad quer que adversário seja considerado inelegível por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação para disseminar fake news
A ação movida pela coligação de Fernando Haddad (PT) para que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) investigue a campanha de Jair Bolsonaro (PSL) foi distribuída na corte e terá como relator o ministro Jorge Mussi, corregedor-geral eleitoral. O processo está baseado em uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo segundo a qual empresas pagaram, em contratos que chegariam a R$ 12 milhões, pelo envio em massa de conteúdos contra o petista no WhatsApp, em sua maioria notícias falsas (fake news).
A campanha petista pede que, ao final das investigações, a ação seja julgada procedente para que Bolsonaro seja considerado inelegível por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação. A ação do PT aponta haver no caso práticas vedadas pela Lei Eleitoral, como doação de pessoa jurídica e compra de cadastros de usuários. O partido ainda pede que o WhatsApp apresente em 24 horas, sob pena de suspensão, medidas para conter o envio das mensagens.
Os advogados do PT também afirmam que a campanha de Bolsonaro é beneficiada pela proliferação de fake news (notícias falsas) nas redes sociais. A sistematização das fake news, ao que se aponta, parece estar claramente voltada ao favorecimento dos noticiados, o que faz surgir a preocupação acerca da autoria e responsabilidade de quem está produzindo tais materiais. Eis que, não é crível atribuir apenas à militância orgânica de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão a capacidade produzir e disseminar com tamanha eficácia todas as notícias falsas editadas em detrimento da Coligação noticiante.”
Por meio de uma transmissão em sua página no Facebook, o presidenciável Jair Bolsonaro negou que sua campanha tenha relação com notícias falsas disseminadas no WhatsApp e redes sociais contra seu adversário. Não tem prova de nada, é a Folha jogando nesse time do Haddad. Nós não precisamos de fake news para combater o Haddad, as verdades são mais que suficientes”, afirmou Bolsonaro.
A defesa de Bolsonaro junto ao TSE disse que a notícia da Folha é falsa e que irá tomar todas as medidas judiciais cabíveis para apurar os atos ilegais e criminosos perpetrados pela coligação de Haddad”. A campanha de Jair Bolsonaro foi acusada falsamente de contratar via caixa dois serviços de WhatsApp para disseminar fake news em reportagem de um veículo que, desde o primeiro turno, desvirtua fatos para tentar persuadir o eleitor. Sem provas e fundamentação jurídica, ajuizam uma ação de investigação judicial eleitoral com base, exclusivamente, nessa notícia falsa”, diz nota dos advogados.

O pedido de investigação envolve, além da chapa de Bolsonaro e o WhatsApp, o empresário Luciano Hang e as agências Quickmobile, Yacows, Croc Services e SMS Market que, segundo a Folha, prestaram o serviço. Ao jornal, a QuickMobile afirmou não atuar na área política. A Yacows e a SMS Market não se manifestaram. A Croc Services disse ter vendido pacotes de envio em massa só para as bases do candidato ao governo de MG Romeu Zema (Novo) o que é legal.
Luciano Hang, dono da rede varejista Havan e entusiasta da campanha de Bolsonaro, negou que tenha pago para impulsionar mensagens contra o PT e a favor do candidato do PSL. Eu uso o meu próprio celular, gravo esses vídeos com mensagens que as pessoas entendem e compartilham, no WhatsApp e nas redes sociais. Eu não pago para impulsionar o meu WhatsApp”, afirmou o empresário, em transmissão ao vivo no Facebook. Ele também disse que processará a Folha.
O dono da Havan já foi condenado pela Justiça Eleitoral a pagar uma multa de R$ 10 mil por ter impulsionado conteúdos em suas redes sociais a favor de Bolsonaro, o que foi considerado doação irregular de campanha. À época, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aceitou a alegação do candidato do PSL, de que ele desconhecia o fato de que Hang recorreu ao procedimento, e o inocentou de participação na ação ilegal, multando apenas o empresário.
Caso sejam confirmadas as informações reveladas pela reportagem, a campanha de Bolsonaro pode ser acusada de abuso de poder econômico, abuso do uso de meios de comunicação e omissão de doações de campanha, o que poderia levar à impugnação da chapa, mesmo que Bolsonaro não soubesse da ação de empresários a seu favor.
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Welton
20 de outubro, 2018 | 22:55Se a nossa Justiça compactuar com essa idéia suja e maliciosa do PT e impugnar a candidatura do PSL, vamos partir para as ruas, não podemos aceitar isso e ficar calados.”
Monica Rocha
20 de outubro, 2018 | 12:22"Se tentarem mexer com bozonaro isso aqui vai arder". Quem quer mesmo transformar o Brasil numa Venezuela? Ai que medaaa, anticomuna!!!”
Alex
20 de outubro, 2018 | 12:11Um dos problemas do pt comunista e não saber perder, como e feito lá na Venezuela.”
Anticomuna
20 de outubro, 2018 | 11:28Cleuzeni, o que vc esquece é que tudo é apenas uma reportagem da folha de SP, sem provas ou documentos. E se querem falar de crimes, comecem com os 32 processos de Laddrad. Acabou, pelegada. Esse Brasil tem dois destinos - ordem ou guerra civil. Se tentarem mexer com Bolsonaro, isso aqui vai arder.”
Cleuzeni Torres
20 de outubro, 2018 | 04:03Não é um crime eleitoral qualquer, é o maior crime eleitoral das últimas eleições. Não foi atoa que criaram lei para que empresas não pudessem investir em candidatos, se elas estão investindo por fora é crime grave, principalmente quando o valor é pelo menos 10 vezes maior do que o valor declarado na campanha.
Além do crime de Caixa 2 bem explicito ainda tem um crime ainda mais grave que é a compra de números de telefones para fazer a campanha de difamação em massa atingindo milhões de incautos que não conseguem diferenciar uma notícia falsa de uma verdadeira. 90% das notícias compartilhadas via whatsapp são falsa, de acordo com a pesquisa feita pela Agência Lupa.
Ou seja, temos caixa 2, abuso de poder econômico, compra ilegal de listas de telefones e disseminação de mentiras em massa. Esse é exatamente o combo ilegal que pode definir eleições.”
Tinho
19 de outubro, 2018 | 23:01Quem faz campanha para Bolsonaro, faz gratuitamente. Nada tem haver o candidato. Querer conter meios de comunicação é típico dos regimes comunistas. O PT se mostra cada dia mais ser de baixo nível, como não fez quase nada durante 15 anos, não tem o que falar agora, a não ser tentar de todas as formas derrubar seu oponente.”
Jose
19 de outubro, 2018 | 17:05Kkkkkkkkkkk... PT de fato não sabe perder....kkkkkkkkkk”