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03 de outubro, de 2018 | 14:50

Alimentação Infantil, praticidade X doença

Nayara Santos Zímer *

Hoje pelos parques, escolas e nos lares em geral, nota-se sempre a presença abundante de diversos produtos, como macarrão instantâneo, bebida láctea, leite fermentado, biscoitos recheados/sem recheio, bolinhos industrializados e refrigerantes, principalmente. São considerados pelos pais ou cuidadores, como uma praticidade, um recurso que pode otimizar os dias corridos e alimentar seus filhos. Na lancheira das crianças e nas cantinas escolares hoje, faltam alimentos, frutas, sucos naturais e água, preparações saudáveis que realmente tem o poder de nutrir os pequenos.

Dados obtidos por meio de estudos populacionais e índices de surgimento cada vez mais precoce de doenças advindas da má alimentação, mostram a gigante influência que tais alimentos têm sobre as crianças. Estando presentes na formação das preferências e opções, privam os pequenos de terem uma melhor qualidade de vida, menores episódios de adoecimentos e desenvolvimentos de doenças crônicas.

Os perigos da introdução massificada desses alimentos ou produtos alimentícios na alimentação das crianças, podem alcançar horizontes assustadores a médio e longo prazo, como os maus hábitos, seletividade, ganho de peso desordenado, desconfortos orgânicos como má digestão, flatulências(gases), intestino lento. Até o surgimento de doenças de fato, como a obesidade, dislipidemias, maiores chances de cânceres – principalmente os de origem gástrica. Além de estarem diretamente ligados aos casos de déficit de atenção, hiperatividade, rinite, asma e urticária.

Estamos lidando com pessoas em formação de cunho orgânico, organização do leque alimentar, gostos e preferências, que perdurarão por toda a vida. É de obrigação dos pais acompanharem de perto o desenvolvimento dos filhos.
Durante a infância e parte da adolescência são formadas as células de gordura (células adiposas), em quantidade, no corpo da criança. Logo podemos perceber que, crianças obesas terão células adiposas em maior quantidade, reforçando assim a possibilidade de ser um adulto obeso ou com potencial de desenvolver doenças comoas diabetes, dislipidemias, câncer entre outras.

Para que haja uma redução á exposição e consumo desses produtos, é de suma importância que os pais sejam exemplo positivo para seus filhos. Falar para a criança o que é, e o que não é saudável, irá ajudá-la a criar seu próprio senso crítico e critério de escolhas mais adequado à uma melhor qualidade de vida. Não faça barganha, trocas de alimentos saudáveis pelos desejos dele como Games dentre outros. Leve seu filho para cozinha com você, nem que seja por um dia na semana. Monte a lancheira com algo que realmente o alimente.
Lembre-se, a criança reproduz tudo que você faz e fala! Sendo uma criança saudável ela pode influenciar toda a comunidade que a rodeia.

* Nutricionista (CRN9:19002). Graduada em nutrição pela faculdade Pitágoras de Ipatinga. Pós-graduanda em Nutrição Oncológica - Hospital Israelita Albert Einstein. Pós-graduanda em Nutrição Materno infantil.
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