01 de outubro, de 2018 | 14:02
Sócios decidem manter o clube Alfa aberto
Comitê gestor vai acompanhar aplicação de recursos e priorizar pagamento de dívidas refinanciadas e trabalhistas
Alex Ferreira
Reunidos em assembleia, sócios cotistas decidiram pela manutenção do clube Alfa aberto e definiram ações emergenciais

Em assembleia realizada no domingo, a maioria dos sócios do Clube Alfa, em Timóteo, votou por ações que visam manter o clube aberto. Os sócios rechaçaram a proposta de venda da área total do clube, o que provocaria a dissolução da entidade de lazer e a perda, inclusive, do comodato da sede campestre, a Lagoa Bonita, localizada no distrito de Revés do Belém, município de Bom Jesus do Galho.
A reunião de domingo, na prática, foi a sequencia de uma assembleia geral extraordinária aberta dia 9 de setembro e que terminou com a decisão de instituir uma comissão para avaliar a documentação da entidade de esporte e lazer.
O destaque da sequência da reunião, no domingo, foi justamente o parecer da comissão formada por nove associados na assembleia do dia 9. Entre os entendimentos aos quais se chegou foram destacados:
O imóvel onde está situado o clube Alfa atualmente pertence à associação, depois da retomada, pela Aperam, de 80% da área total cedida pela antiga Acesita. A documentação está em vias de conclusão de transferência, da empresa, para a entidade.
A dívida estimada em R$ 5,3 milhões incluindo refinanciamentos tributários (FGTS e INSS), bancários e trabalhistas, pode ser reduzida significativamente se houver dinheiro em caixa e houver negociação. Nesse sentido a diretoria anunciou que deu um primeiro passo, contratando um novo advogado, Renato Martins.
Em sua explanação o advogado se disse estarrecido com a situação que ele encontrou em uma semana de trabalho. Frequentei muito esse clube. É uma pena que tenha chegado a esse estado. Mas acredito que há solução, o clube precisa de uma gestão dura, para sobreviver a tudo isso”, disse o advogado.
A comissão também entendeu, com o voto da maioria dos membros, que não seria viável destituir a atual diretoria, uma vez que dentro de três meses haverá nova eleição e o clube precisa de medidas emergenciais para fazer frente a dívidas tributárias e trabalhistas. O entendimento foi mantido pelos associados, na conclusão da assembleia nesse domingo.
A defesa da destituição a diretoria chegou a ser cogitada por causa de falhas em prestação de contas e descumprimento de vários artigos do Regimento Interno da entidade.
Outro entendimento da comissão é que parte da área do clube está sendo alvo de forte especulação imobiliária, mas o direito da compra precisa ser dado aos sócios, primeiramente. A venda de parte da área foi aprovada pela maioria dos 77 participantes com direito a voto.
Por fim, os associados definiram pela criação de um comitê gestor, que acompanhará, a partir de agora, o gerenciamento dos recursos financeiros que entrarem, com duas prioridades, garantir o pagamento do financiamento de dívidas tributárias e dívidas trabalhistas.
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