29 de setembro, de 2018 | 09:00
Nosso vale: do aço e da esperança
Roberto Carlos Muniz *
Não existe bem-estar social se não houver desenvolvimento econômico. Esse é um princípio adotado em todos os países avançados, permitindo uma sociedade mais equilibrada e justa.
Em Minas, os problemas se acumulam, disso todos nós já temos conhecimento. Mas não adianta ficar só reclamando da falta de compromisso e de representatividade junto às instâncias de poder. Questões como a burocracia, a elevada carga tributária, associada à alta taxa de juros, e a inépcia dos nossos governantes em desobstruir os entraves, precisam de uma nova abordagem.
Minas é hoje o 3º pior estado do país em termos fiscais, com a 4ª pior posição em capacidade de investimento. Não bastasse isso temos assistido nas últimas décadas a uma desindustrialização crescente de Minas Gerais e do Brasil. O desenvolvimento tem que necessariamente passar pela diversificação da base econômica do Estado.
Se levarmos em conta que nos últimos anos o Vale do Aço deixou de receber investimentos importantes da União e do Estado de Minas Gerais em logística e infraestrutura (BR-381 e MG-760), fundamentais para o escoamento da produção de um dos maiores polos metalomecânicos já consolidados do País, o que dirá outras regiões mineiras.
Para tornar Minas Gerais novamente atrativo é necessário rever, com urgência, a matriz tributária mineira, incentivar e auxiliar a criação de centros de pesquisas como o Centro de Excelência em Engenharia do Vale do Aço, bem como apoiar a inovação, de maneira integrada.
Gostaria ainda de reforçar também a relevância do comércio e da prestação de serviços que garantem empregos a milhares de pessoas. Em face disso, penso que é preciso investir em políticas de estímulo à oferta de cursos de preparação de gestores dessas pequenas e médias empresas e aos novos empreendedores, bem como criar políticas tributárias que privilegiem a comercialização de produtos de origem no Estado.
* Empresário e bacharel em Direito.
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