18 de setembro, de 2018 | 22:20
Economistas defendem ideias de presidenciáveis no Roda Viva
Estiveram no Roda Viva representantes dos candidatos do PT, PDT, PSDB e Rede. Economista do PSL de Bolsonaro não participou
Os economistas dos candidatos à Presidência da República defenderam as ideias dos presidenciáveis que representam nesta 2ª feira (17.set.2018) no programa de entrevistas Roda Viva, da TV Cultura.
Os convidados apresentaram as principais propostas para a retomada do crescimento econômico, geração de empregos e outras questões acerca do tema.
Participaram:
Pérsio Arida, do PSDB;
Ricardo Carneiro, do PT;
Mauro Benevides, do PDT;
Bazileu Margarido, da Rede.
Foram convidados os representantes das campanhas dos partidos mais bem situados nas pesquisas eleitorais. O economista Paulo Guedes, que trabalha na campanha de Jair Bolsonaro (PSL), não participou do programa da TV Cultura.
Um dos entrevistadores, jornalista Ricardo Lessa, disse que Guedes alegou problemas de agenda. Lessa destacou que o programa pediu para o PSL indicar outra pessoa para participar, o que não foi atendido. Lamentamos porque nosso objetivo é esclarecer as propostas para o eleitor”, disse Lessa.
Pérsio Arida, representando do PSDB, criticou a ausência de Guedes. Ele fugiu, mais uma vez, do debate. Uma pena porque, se viesse, entenderíamos melhor o programa ilusionista e inconsistente dele. Quem sabe ele nos brindasse com sua sabedoria Quem sabe”, disse.
Eis o que defenderam os representantes do programa:
Rede: Bazileu afirmou que a principal urgência do país é em relação ao número de desempregados. O Estado tem muito a fazer diretamente para redução desemprego. Vamos pegar um orçamento pronto, por isso, nesse momento, o mais importante é retomar o investimento público, que tem suas dificuldades, e o investimento privado. Para isso, é preciso recuperar a credibilidade das nossas instituições”, disse;
PSDB: Árida defendeu a necessidade de se olhar a agenda como um todo, que deve ser apresentada ao Congresso Nacional, de forma articulada, para que seja aprovada uma Reforma da Previdência e uma Reforma Tributária. O programa tem como meta zerar o deficit público em 2 anos e ter superávit no 4º ano de gestão. Privatização é um elemento chave no nosso programa. O Estado tem que deixar de ser empresário e cuidar do que de fato interessa”, afirmou;
PDT: Benevides destacou que é preciso discutir como o governo vai aumentar receitas e cortar despesas. A discussão é necessária para que a confiança do investimento privado seja retomada e o setor público possa também recuperar a sua capacidade de investimento. O país paga por ano R$ 400 bilhões de juros, enquanto falta dinheiro para o saúde, educação e investimentos”, afirmou. O economista também destacou a necessidade da melhor distribuição de renda no país;
PT: Carneiro destacou que o programa petista tem como base 4 medidas (algumas originadas do setor público, mas dirigidas ao setor privado). As medidas são a recuperação do investimentos público, a criação de fundo de infraestrutura com parte das reservas, o reforço dos programas sociais (Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família), o aumento do salário mínimo e a renegociação das dívidas das famílias.
Paulo Guedes defende nova CPMF e alíquota única no IR
Embora não tenha participado do Roda Viva, de segunda-feira, o economista Paulo Guedes, coordenador do programa econômico do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) decidiu se pronunciar à imprensa acera de alguns pontos de sua proposta.
O economista quer recriar um imposto sobre a movimentação financeira nos moldes da CPMF e pretende estabelecer uma alíquota única de Imposto de Renda de 20% para pessoas físicas e jurídicas, que incidiria também sobre a distribuição de lucros e dividendos, de acordo com o jornal Folha de São Paulo, desta quarta-feira.
Guedes também pretende eliminar a contribuição patronal para a Previdência, que tem a mesma alíquota de 20 por cento e incide sobre a folha de pagamentos, acrescentou o jornal.
De acordo com a colunista da Folha, Mônica Bergamo, o pacote tributário que Guedes pretende implantar caso Bolsonaro seja eleito foi apresentado a uma plateia restrita reunida pela GPS Investimentos, gestora especialista em grandes fortunas, na terça-feira.
O novo imposto sobre movimentações financeiras se chamaria Contribuição Previdenciária e seria destinado a financiar o INSS, segundo a Folha. A equipe econômica liderada por Guedes defende o modelo de capitalização para a Previdência, mas o atual sistema seguiria existindo paralelamente, e a contribuição seria criada para garantir sua solvência, acrescentou o jornal.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]