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12 de setembro, de 2018 | 09:55

Cirurgia bariátrica sensibiliza o organismo ao consumo de álcool

Estudos revelam que risco de vício aumenta após segundo ano da cirurgia

Reprodução
Os ganhos pós operação são muitos para a saúde do indivíduoOs ganhos pós operação são muitos para a saúde do indivíduo

A cirurgia bariátrica, que visa reduzir o estômago do paciente para auxiliar na perda de peso, é uma metodologia cada dia mais procurada por pessoas obesas. Os ganhos pós operação são muitos para a saúde do indivíduo, porém alguns cuidados devem ser levados em consideração.

Um estudo realizado pela Universidade de Pittsburgh, nos EUA, mostra que pacientes obesos que se submeteram à cirurgia bariátrica correm mais risco de abuso e dependência de álcool no segundo ano após a operação. Segundo os autores, a probabilidade é maior entre as pessoas que optaram pelos métodos gastrectomia vertical (sleeve) e gastroplastia com desvio intestinal em Y de Roux - o bypass gástrico - tipo mais popular da cirurgia no mundo e responsável por 70% do total analisado na pesquisa.

O Brasil é considerado o segundo no ranking em número de cirurgias bariátricas e as mulheres representam 76% dos pacientes. É o caso da advogada Maria Augusta Maciel, de 27, moradora de Belo Horizonte. Ela optou pela cirurgia após o peso ser um incômodo no seu dia - a - dia e também depois de se informar melhor sobre a cirurgia. “Descobri como a cirurgia evoluiu e como existem tabus sobre o assunto”, ela revela. Hoje, Maria comemora os resultados: “foi como se tivesse tirado um peso de mim, me sinto renovada, começando uma outra vida. As pessoas precisam entender que obesidade é uma doença séria e não preguiça”, diz.

Já o problema com álcool, atinge em média 25% dos pacientes e seu uso abusivo no pós-operatório é a principal causa da recidiva (reganho de peso). Isto acontece devido à mudança na absorção de álcool pelo organismo após a cirurgia. Com a alteração do aparelho digestivo, a substância passa direto para o intestino e é absorvido mais rapidamente, além de demorar mais tempo para ser eliminada.

De acordo o médico Henrique Eloy, cirurgião e endoscopista bariátrico, a relação médica - paciente é essencial para garantir o acompanhamento pós cirúrgico e evitar o aparecimento ou agravamento da relação com a bebida alcóolica. “A cirurgia bariátrica aumenta a sensibilidade do organismo ao álcool, por isso, é preciso acompanhar de perto o paciente, ainda mais se ele já tiver um histórico de abuso desta substância”, explica.

Em teste de identificação de transtornos por uso de álcool, responsável por verificar sintomas de dependências e prejuízos, o indivíduo de maior risco é formado por pacientes jovens do sexo masculino, fumantes, consumidores regulares de álcool e usuários recreativos de drogas.
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