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08 de setembro, de 2018 | 17:00

Diabéticos que não fazem acompanhamento oftalmológico correm risco de perder a visão

Retinopatia diabética atinge três em cada dez pacientes com a doença

Reprodução
A doença agora atinge 8,9% da populaçãoA doença agora atinge 8,9% da população

De acordo com o Ministério da Saúde, em dez anos o número de brasileiros com diabetes aumentou 61,8% (2006-2016). A doença agora atinge 8,9% da população – o que corresponde a quase 19 milhões de pessoas. Diabéticos sabem que precisam monitorar uma série de coisas, como o que comem e o que bebem, além dos exercícios físicos que precisam praticar. Mas um estudo realizado na Filadélfia (Estados Unidos), por médicos do Wills Eye Hospital, revelou que seis em cada dez diabéticos deixam de fazer exames oculares anualmente.

O estudo analisou perto de dois mil pacientes com mais de 40 anos, portadores de diabetes tipo 1 e tipo 2. Vale ressaltar que esse check up anual da visão é considerado fundamental justamente para que os portadores da doença não deixem de enxergar no médio ou longo prazo. Esse cuidado pode prevenir até 95% da perda de visão relacionada à doença.

De acordo com o oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo, o paciente diabético deve dilatar a pupila todos os anos e se submeter a um exame ocular bastante minucioso. “O paciente diabético pode apresentar problemas de visão a qualquer momento. Daí a importância de um acompanhamento oftalmológico frequente.

Como o comprometimento da retina pode ser assintomático, sem alterações na qualidade da visão, o exame de fundo de olho é fundamental para detectar pontos e vasos sanguíneos propensos a romper e desencadear hemorragia. É sempre melhor investir na prevenção do que correr atrás do prejuízo depois”.

Estudos realizados nos últimos anos apontam para o sucesso das injeções intravítreas de antiangiogênicos em pacientes com retinopatia diabética. Somente em casos raros há complicações, como descolamento da retina, formação de catarata e aumento ou redução da pressão intraocular. “O principal papel dos antiangiogênicos é a interrupção da perda de visão. Embora seja difícil recuperar a visão perdida, as injeções intravítreas impedem a progressão da doença, evitando que a pessoa acabe ficando cega.

Com anestesia local e pupilas dilatadas, a injeção é aplicada diretamente no vítreo, camada gelatinosa localizada entre a retina e o cristalino”, diz Neves. Esse tratamento precisa ser repetido em intervalos regulares para atingir resultados duradouros. Além disso, o paciente deve usar colírios antibióticos durante cerca de trinta dias. Ensaios clínicos demonstram melhora em até 34% da visão central e estabilização da visão em 90% dos casos.
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