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25 de agosto, de 2018 | 17:00

Protetor solar durante o inverno, sim! Atenção ao câncer de pele

Dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Teresa Noviello, explica porque o protetor solar deve ser mantido durante a estação mais fria do ano

Reprodução
As principais características que podem sinalizar um possível câncer de pele são o surgimento de manchas e pintasAs principais características que podem sinalizar um possível câncer de pele são o surgimento de manchas e pintas

Costuma-se associar o uso do protetor solar ao verão, devido à alta incidência solar. No entanto, o que muitos não sabem ou não dão a devida importância é que a emissão de raios ultravioleta ocorre durante todo o ano, independente da estação climática do país. Por ser o principal responsável pelo câncer de pele, especialistas chamam à atenção para a importância da proteção diária da pele contra os raios UV.

A dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Teresa Noviello, explica que há a falsa impressão que durante o inverno – que iniciou em junho e durará até setembro – o uso do protetor solar deve ser deixado de lado, já que as temperaturas são mais baixas e a incidência dos raios solares reduzem. No entanto, os raios UV continuam sendo emitidos e podem atingir a pele, caso ela não esteja protegida. “Aquele ditado que fala ‘Sol de inverno não queima’ está completamente errado. Essa falsa idéia faz as pessoas se exporem sem proteção durante períodos críticos, como de 10h às 16h”, conta.

Todos as pessoas devem se proteger com o protetor solar, sendo que os fototipos de maior risco são o I e II, que enquadram as pessoas de pele branca, com sardas, cabelo claro ou ruivo e olhos claros. “Além desses grupos de risco, quem possui histórico familiar de câncer de pele também deve redobrar a atenção”, aponta Teresa.

De acordo com a SBD, o câncer de pele representa cerca de 33% de todos os diagnósticos desta doença no Brasil, sendo que o Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, aproximadamente 180 mil novos casos. O tipo não melanoma, apesar de atingir um número maior de pessoas, é menos grave do que o melanoma. “O não melanoma é caracterizado pelo crescimento descontrolado das células da pele, podendo gerar dois tipos de cânceres: o carcinoma basocelular, que atinge as células basais e se encontra na camada mais profunda da epiderme, e o carcinoma espinocelular, que surge nas células escamosas e se encontra na derme, que é camada superior”, explica Teresa. A dermatologista esclarece que apesar de surgir em diversas áreas do corpo, as mais expostas, como orelhas, couro descoberto, rosto, pescoço e braços, são as com maior incidência. Já o melanoma é o tipo mais grave da doença, sendo capaz de atingir outros órgãos através da metástase.

As principais características que podem sinalizar um possível câncer de pele são o surgimento de manchas e pintas. Segundo a SBD, uma lesão elevada, brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta e que sangra; uma pinta preta ou castanha que muda de cor, textura e tamanho, e uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer, apresentando crosta, coceira, erosões ou sangrando podem ser indícios da doença. Lembrando sempre que apenas avaliação clínica com dermatologista e biópsia poderão confirmar o diagnóstico.

Além do câncer de pele, como o inverno é uma época propensa à tratamentos estéticos, o uso do protetor solar torna-se ainda mais impressindível, a fim de evitar queimaduras, manchas e alterações no resultado do tratamento. “Protetor solar deve ser usado diariamente, com manutenção ao longo do dia. Pois, até mesmo as lâmpadas são capazes de agredir nossa pele, por isso a proteção deve ser seguida à risca”, aponta Noviello. A dermatologista aconselha uma avaliação dermatológica para estipular um protetor solar indicado para o tipo de pele e alteração patológica.
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