02 de agosto, de 2018 | 07:01
Diretor da Unimed avalia resolução da coparticipação e franquia dos planos de saúde
A entrevista ao Diário do Aço foi concedida no lançamento de novos serviços da Unimed no Vale do Aço
Divulgação
José Maurício Nolasco destacou que a Resolução Normativa 433/2018 é necessária à sobrevivência da saúde suplementar

Com a revogação da Resolução Normativa 433/2018 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que incluía um limite de até 40% na cobrança de coparticipação e franquia em planos de saúde, as regras atuais continuam valendo por enquanto, ou seja, sem um valor-limite. Para o diretor-presidente da Unimed Vale do Aço, José Maurício Nolasco Nascimento, a resolução iria contribuir para a sobrevivência da saúde suplementar no país. A entrevista ao Diário do Aço foi concedida no lançamento de novos serviços da Unimed no Vale do Aço.
O diretor avalia que toda política do Brasil está um caos e isso se reflete em diversas áreas, incluindo a saúde, prejudicando a prestação de serviço à população. É preciso entender que a saúde suplementar vem para suplementar a área pública. Aí o que está ocorrendo é que a área pública não dá conta e está passando tudo para a saúde suplementar, mas tudo isso tem um custo”, explica.
Para José Maurício, não é possível manter uma prestação de serviço com as condições tão adversas do mercado e das normas que regulam o setor, que caminha à espera de uma solução pelo governo. Não tem jeito de fazer as coisas sem pagar. Ou então daqui a pouco vamos virar um SUS. Então essa é uma resolução que está em andamento e vai ser revista para dar um alento melhor a saúde suplementar, senão a gente não sobrevive”, destaca.
Questionado se acreditava na aprovação da resolução, que inclui um limite na cobrança de coparticipação e franquia em planos de saúde, o diretor afirmou que existe essa possibilidade. No Brasil tudo é possível, então estamos aguardando. Isso não depende só de nós, o que depende da nossa parte é sobrevivermos, e é o que estamos tentando”, ressalta.
Entenda
No dia 30 de julho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu revogar a Resolução Normativa 433/2018 que, entre outras mudanças propostas, incluía um limite de até 40% na cobrança de coparticipação e franquia em planos de saúde. A decisão foi tomada durante a 490ª Reunião Ordinária de Diretoria Colegiada. A ANS ainda pretende realizar uma nova audiência pública, ainda sem data marcada, para tratar da política de preços e reajustes na saúde suplementar.
A medida que suspendeu a resolução foi adotada após forte reação de clientes e entidades de defesa do consumidor à aprovação da resolução, ocorrida no fim do mês de junho. A comoção levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a acolher pedido de liminar da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para suspender a regra.
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Delma Elizio
02 de agosto, 2018 | 15:40Difícil viver no Brasil.
Fazemos dupla jornada de trabalho, morremos de estresse para pagar um plano de saúde, coisa lastimável. Agora toda vez q tenho consulta ou exames é cobrado a mais”
Claudio
02 de agosto, 2018 | 13:21O jeito é investir em prevenção com uma alimentação saudavel, praticas de exercicios fisicos e equilibrio. Usar hospital somente para casos de urgencia e emergencia”
Lino
02 de agosto, 2018 | 11:08O valor da mensalidade já é ou deveria ser suficiente para usar os serviços,mas ter pagar franquia para usar certos atendimentos!!!!!! Tá igual a seguros de automóveis.”