
26 de julho, de 2018 | 21:58
Conheça histórias de quem transformou a fotografia em carreira
Muito mais que hobby ou profissão, o ato de imortalizar momentos importantes com um registro é uma paixão
Quando a construção civil, em São Paulo, comprou a sua primeira câmera fotográfica na mão de um colega de trabalho. Depois disso, buscou conhecimento em revistas especializadas e começou a fotografar profissionalmente em 1993.A arte de João Machado inspira e vem abrindo caminhos para novos talentos. Ele resolveu ajudar outros que já tinham despertado o dom pela fotografia a dar visibilidade para seus trabalhos. Após compartilhar conhecimentos em uma imersão na zona rural de Alagoinhas, na Bahia, lançou a exposição Caminhos do Sertão”, onde seis fotógrafos estreantes têm a oportunidade de expor cenas do cotidiano sertanejo registradas nas 18 imagens que compõem a mostra.
Foram 32 horas de oficina. Fizemos dez encontros teóricos e dois práticos”, contou Machado, feliz por abrir caminhos para uma nova geração de talentos. Tudo ocorreu de forma muito espontânea. Os fotógrafos que participaram já acompanham o meu trabalho e gostam do meu processo criativo. Hoje, eu criei um carinho enorme por eles e uma relação de amizade”, contou satisfeito.
O amor pela fotografia está na genética de Alisson Luz, um dois seis participantes da mostra Caminhos do Sertão”. Natural de Alagoinhas, o gerente da área de Tecnologia da Informação se tornou fotógrafo profissional há dois anos.
Meu pai tinha a fotografia como hobby. Ele foi a minha inspiração”, contou. Toda a família de Alisson tem origem sertaneja, ele mora em Salvador há mais de 20 anos mas não esquece as suas raízes. O sertão me encanta. Sempre que posso, aos finais de semana, viajo para Alagoinhas para ver a família, amigos e, claro, fotografar”.
Longe do universo da informática, Alisson adora exercitar a criatividade e sensibilidade por trás das lentes de uma câmera. Dos mais de 500 registros fotográficos da última viagem, difícil foi escolher cinco para apresentar para o curador da mostra João Machado, que selecionou três fotografias de cada participante. Cada imagem revela um sentimento, algo que você viveu e ajudou a retratar de alguma forma”, define.
Do hobby a profissão
A história de Elvis de Vasconcelos Freitas começou bem parecida com a de João e de Alisson. Trabalhando há cinco anos com fotografia, ele deu o primeiro passo para o mundo fotográfico ao comprar uma câmera bem simples e fazer os primeiros registros. Tudo começou como um hobby, mas isso cresceu tanto em mim, que eu percebi que deveria fazer disso minha profissão”, contou.
O incentivo de amigos e familiares também foi importante para que não desistisse. Com o tempo, adquiriu equipamento mais avançado e começou a participar de um concurso de melhor fotografia na sua cidade natal, Manaus. Das cinco vezes que participei do concurso, ganhei quatro”, contabiliza orgulhoso.
O reconhecimento o incentivou a buscar mais. Hoje, Elvis está começando uma graduação em Fotografia na faculdade Cruzeiro do Sul EAD. Nunca foi fácil, aqui é pequeno e não possui esse curso nas faculdade. Mas eu fui além, pesquisei bastante e encontrei o que eu precisava. Agora a minha vontade é crescer na fotografia de Moda”, disse animado.
Quando fala do seu sentimento em relação à fotografia, o estudante expressa muito amor. Para ele, essa arte é uma forma de revelar a beleza. Para muitos, a fotografia é terapia. Ela consegue elevar a autoestima das pessoas. Muitas vezes, já me senti emocionado ao ver o brilho nos olhos das pessoas que foram fotografadas e a emoção delas em ver o resultado das fotos que tirei. Fotografia é mágica”, define. (Bárbara Maria Ascom Educa Mais Brasil)
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