Expo Usipa 2024 02 - 728x90

24 de julho, de 2018 | 09:02

Fabricianense marca seu nome na história do judô brasileiro

Edmilson teve a sua primeira experiência com o judô como uma brincadeira, na Usipa

Fernando Lopes
 Edmilson relembra sua trajetória como atleta, técnico e representante na CBJ Edmilson relembra sua trajetória como atleta, técnico e representante na CBJ

Nascido em Coronel Fabriciano, Edmilson Leite Guimarães, é um dos nomes expoentes do judô do Vale do Aço. A região tem tradição na arte marcial e Edmilson conta ao Diário do Aço como iniciou seu contato com o esporte e progrediu na carreira como atleta e técnico.

Atualmente, Edmilson é supervisor técnico sênior das equipes de Base da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), coordenador técnico da Federação Mineira de Judô, interlocutor entre CBJ e Comitê Olímpico do Brasil dos Jogos Escolares da Juventude e membro da Comissão de Graus FMJ.

O esportista se mudou recentemente para o município de Lauro de Freitas (BA), Região Metropolitana de Salvador, onde gerencia projeto social realizado no Centro Pan-americano de Judô. O projeto atende crianças e adolescentes de 15 escolas da região.

Início da carreira
Edmilson teve a sua primeira experiência com o judô como uma brincadeira, na Usipa. “Morava no bairro Santa Mônica e fui assistir o treino a convite dos meus amigos e infância, em 1974. Eu não sabia o que era judô. Desde então comecei a treinar. Com quatro meses de treino participei do primeiro torneio, o Campeonato Mineiro do Interior, em Juiz de Fora. Me destaquei na competição e desde então não parei mais”, conta.

O judoca relembra os bons tempos vividos no clube da Usipa, quando os treinos ainda eram realizados na extinta Usipinha, onde hoje está localizado o hipermercado Mineirão.

“Começamos ali. Antigamente, os professores eram muito rígidos, mas vivenciar o judô foi uma escola de vida para mim. Era uma época que quase não tínhamos opção em Ipatinga, foi uma excelente escolha. Lembro que sempre que podia eu fugia do treino do judô e ia para o futebol, até que me saía bem, porque aguentava mais pancadas e tinha agilidade, mas era mais uma diversão”, pontua.

Como atleta, Edmilson participou de diversas competições estaduais e nacionais de 1975 a 1996. Ele foi campeão do Interior Individual, Absoluto, Equipe, campeão dos Jogos do Interior de Minas – Jimi’s (1993 e 1994), campeão Brasileiro – JEB´S – Brasília (1979), 3º Lugar Torneio Internacional do Rio de Janeiro – Médio (1988), entre diversas outras conquistas.

De aluno a professor
Em 1981, Edmilson iniciou sua carreira como técnico na Usipa, onde coordenou a equipe até 2001. Ele também atuou como coordenador técnico e professor no projeto social Ajudou, desenvolvido no Clube Alfa, em Timóteo.

Depois, o atleta do Vale do Aço rumou à capital mineira, Belo Horizonte. Lá, o judoca foi técnico da equipe juvenil do tradicional Minas Tênis Clube e auxiliar técnico da equipe principal do clube, a Belo Dente Minas, até 2010.

“Em todos os clubes que eu passei tive grandes aprendizados. Especialmente na Usipa, que foi onde eu comecei a carreira técnica e no Minas, no qual pude participar de grandes conquistas de diversos atletas, como Luciano Correa e Erika Miranda. Acredito que além de ser reconhecido pelo trabalho que desenvolvo, eu tive a sorte de estar na hora certa e no local certo”, avalia Edmilson.

Outros caminhos
Em paralelo à carreira de técnico, Edmilson sempre trabalhou com a Federação Mineira de Judô (FMJ). Em 2011, o esportista foi convidado a compor o quadro da CBJ. “Eu sempre participava pela FMJ em eventos no estado de Minas. Assim, surgiu o convite para eu ser auxiliar na CBJ e me mudei para o Rio de Janeiro. Pude participar da organização de campeonatos nacionais e até internacionais”, conta Edmilson.

Agora, Edmilson mora na Bahia e se diz realizado com toda a sua trajetória e com o trabalho desenvolvido com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. “Eu não tenho mais nenhuma ambição dentro do judô. Hoje estou trabalhando com este projeto dentro da CBJ, vemos a transformação na vida destes meninos carentes. Para além da questão de competição, do esporte, estamos passando valores éticos e morais para eles. É muito bom a sensação de saber que podemos ser importantes na vida de outro ser humano, este é o principal pagamento”, conclui Edmilson. (Fernando Lopes)

Mais do Judô:
Morre em São Paulo o sensei Oswaldo Ichikawa
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Velha Guarda do Judô - Usipa

24 de julho, 2018 | 15:38

“Faltou falar de uma das maiores perdas que o Judo teve recentemente. A morte do nosso saudoso Mestre Osvaldo Ishikawa.”

Envie seu Comentário