
22 de julho, de 2018 | 08:00
Presidente da Cenibra avalia como positivo o ano de 2018 para a empresa
Em entrevista ao Diário do Aço, o presidente da Cenibra, Naohiro Doi, avaliou que a Cenibra possui números satisfatórios de exportação
Divulgação
Para melhorar o desempenho produtivo, Naohiro Doi informou que, neste ano, foram feitos investimentos na modernização da fábrica localizada em Belo Oriente
Em setembro deste ano, a Celulose Nipo-Brasileira (Cenibra), localizada em Belo Oriente, irá completar 45 anos de criação. Ao longo de sua existência, a empresa obteve inúmeros conquistas. No ano passado, a companhia alcançou a produção de 1.220.638 de toneladas de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto, batendo recorde anual. Com isso, a expectativa de obter bons resultados continua em alta, vencendo desafios. 
Em entrevista ao Diário do Aço, o presidente da Cenibra, Naohiro Doi, avaliou que a Cenibra possui números satisfatórios de exportação. Além disso, com a valorização do dólar frente ao real, contribui de modo positivo e negativo para empresa. Graças a Deus que 90% da nossa produção vão para o exterior. E com essa alta do dólar, parcialmente, favorece a Cenibra, mas por outro lado, há o aumento de preço de materiais, equipamentos e peças, o que atinge negativamente a empresa”, salienta.
Para melhorar o desempenho produtivo, Naohiro Doi informou que, neste ano, foram feitos investimentos na modernização da fábrica localizada em Belo Oriente, onde foram construídas novas linhas de picagem de madeira e de branqueamento de matéria prima. Isso realmente irá reduzir os custos de produção e vai reforçar ainda mais a nossa competividade no mercado externo”, explica.
Conforme já divulgado, a Cenibra investirá até o fim de 2018, US$ 50 milhões na modernização do sistema de picagem de madeira e de uma das linhas de branqueamento de celulose, na sua fábrica.
Wôlmer Ezequiel
Naohiro Doi afirmou que a empresa de Belo Oriente está produzindo com máxima capacidade; 90% da produção é exportada

Prejuízos
Em maio deste ano, quando houve a paralisação nacional dos caminhoneiros, em um movimento nacional contra os seguidos aumentos nos preços dos combustíveis, empresas de diversos segmentos foram impactadas, já que faltavam insumos para produção ao fim da primeira semana da parada dos caminhões. A Cenibra foi uma delas. De acordo com Nahorio Doi, a empresa registrou perdas durante o movimento dos caminhoneiros, que durou 10 dias. Nós realmente tivemos prejuízos com a parada de transporte de materiais. Então, infelizmente, a Cenibra teve que parar sua linha de produção durante uma semana, aproximadamente, e tivemos prejuízos com isso. Estamos preocupados com o aumento de preços do frete e transporte dos caminhoneiros, após o fim da paralisação”, destaca.
Uma das reivindicações dos caminhoneiros para encerrar o movimento foi o tabelamento do frete, o que já foi atendido pelo governo federal. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifestou-se contrária à ideia de fixar preços mínimos para o serviço.
Expectativas
Mesmo com os contratempos no cenário nacional, a indústria de celulose trabalha com boas expectativas em 2018. Em dezembro do ano passado, a Cenibra estabeleceu recordes por linha de produção para este ano, das quais 1.978 toneladas por dia; média de 55.522 toneladas mensais; e 598.118 toneladas anual. Atualmente, a empresa conta com duas linhas de produção. Com isso, o presidente da Cenibra revelou ao Diário do Aço que possui boas expectativas para esse ano, pois a empresa está produzindo com capacidade máxima. Felizmente o mercado mundial de celulose está indo favoravelmente bem para a nossa indústria. Então o nosso resultado para esse ano será bom”, pontua.
Repórter: Tiago Araújo
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