20 de julho, de 2018 | 16:42
Ex-prefeitos são presos em investigação do Gaeco
Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos na quinta-feira (19), quando policiais foram mobilizados no Vale do Rio Doce
Reprodução
Aurélio Donádia (Itabirinha), Wanderley Vieira (São Félix de Minas) e Edson Alves (Divino das Laranjeiras) estão presos preventivamente
Aurélio Donádia (Itabirinha), Wanderley Vieira (São Félix de Minas) e Edson Alves (Divino das Laranjeiras) estão presos preventivamente
Uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) resultou na prisão dos ex-prefeitos de Itabirinha, Aurélio César Donádia; de São Félix de Minas, Wanderley Vieira de Souza; e de Divino das Laranjeiras, Edson Alves de Souza. Os três são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa, falsidade ideológica e fraude à licitação.
Os mandados de prisão preventiva foram cumpridos na quinta-feira (19), quando policiais foram mobilizados no Vale do Rio Doce.
Durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão foram apreendidos veículos, uma arma de fogo; bens foram bloqueados pela Justiça e uma barra de maconha foi encontrada no sítio do ex-prefeito de Itabirinha. Um caseiro se apresentou como dono do entorpecente.
O Ministério Público estima um prejuízo de mais de R$ 25 milhões aos cofres públicos dos municípios no Vale do Rio Doce. Os ex-prefeitos passam o fim de semana em prisão preventiva em Governador Valadares.
Esquema intermunicipal
Conforme a investigação do Gaeco, a corrupção era intermunicipal. Nas investigações iniciadas em fevereiro deste ano, o ex-prefeito de Divino das Laranjeiras, Edison Alves de Souza, aparece como favorecido nas propinas por contratos de empresas em um esquema que fraudava licitações das obras púbicas entre 2009 e 2016.
Empresas de propriedade dos ex-prefeitos de Itabirinha e de São Félix de Minas eram beneficiadas no esquema.
A investigação indicou que, mesmo ao término do seu mandato, o ex-prefeito Edison Alves de Souza (Divino das Laranjeiras) manteve influência nas licitações por meio de seu sobrinho, eleito prefeito.
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