18 de julho, de 2018 | 09:08

Conheça o perfil dos microempreendedores individuais

Atualmente, 52 milhões de brasileiros que trabalham com renda própria são MEI

Uma pesquisa patrocinada pelo Sebrae revelou que quatro em cada dez brasileiros já têm uma empresa ou estão envolvidos com a criação de uma. Outro dado anunciado pela pesquisa foi que, em 2015, 52 milhões de brasileiros com idade entre 18 e 64 se encontravam na condição de empreendedor em estágio inicial ou estabelecido. Uma das opções dentro desse universo tão vasto é se tornar um Microempreendedor Individual – também chamando de MEI. A Lei complementar nº 128/2008 foi a responsável para a criação desses profissionais e por retirar da informalidade milhões de empreendedores.
Divulgação
A Lei complementar nº 128/2008 foi a responsável para a criação do MEI e por retirar da informalidade milhões de empreendedoresA Lei complementar nº 128/2008 foi a responsável para a criação do MEI e por retirar da informalidade milhões de empreendedores


Bruno Lopes Brandão, 39 anos, já tinha ouvido falar do programa mas não sabia que era tão fácil se tornar MEI. Antes da crise, ele trabalhava com Gestão de Projetos e, quando se viu desempregado, encontrou no empreendedorismo uma boa oportunidade. “Hoje, eu trabalho com mini quadras de futevôlei conhecidas como Minifut”. No início, Bruno nem tinha pensado na possibilidade de comercializar o seu produto. Desenvolveu apenas para uso próprio. Porém, com o interesse das pessoas pelo seu projeto, percebeu que o MEI seria uma boa forma de iniciar e ainda obter alguns benefícios.

Desde outubro de 2017, Bruno é um microempreendedor individual. Hoje, ele já tem uma página intitulada de mimifut.com onde vende quadras de futevôlei pequenas e portáteis e uma conta no Instragam - @minifut.redinha - com mais de 11 mil seguidores. “O meu produto já chegou a 44 cidades brasileiras e a cinco países”, comemora. Para se tornar um MEI, Bruno não passou por nenhuma dificuldade e, em menos de 24 horas, já estava com meu CNPJ na mão. “Ser uma empresa aumenta muito a credibilidade do seu produto, todas as portas se abrem”, assegurou.

Dentro das vantagens de ser um microempreendedor existe o microcrédito – um importante recurso financeiro que pode ajudar o pequeno empresário na hora do sufoco. Por enquanto, conseguir esse financiamento tem sido a maior dificuldade encontrada por Bruno. “Essa linha de crédito é para quem tem um ano como MEI, como eu ainda não completei um ano, não consigo”, lamenta. Nesse momento, o outro desejo do empresário é se tornar um exportador do seu produto e é por esse motivo que ele gostaria tanto de já estar com esse recurso disponível. “Quero aumentar ainda mais o alcance do meu produto. Essa é a minha principal fonte de renda”, concluiu.

O programa foi criado em 2009 para regularizar e formalizar trabalhadores individuais, ou seja, que dependem da renda do seu próprio negócio. Para ser um microempreendedor individual, é necessário faturar hoje até R$ 81 mil por ano, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular e ter, no máximo, um empregado contratado que receba o salário-mínimo ou o piso da categoria.

Ao se formalizar como MEI, o empreendimento passa a ter um CNPJ, podendo assim, emitir notas fiscais e ter acesso a uma série de benefícios como facilidade para abertura de contas, contratos com órgãos públicos, financiamentos e está isenção de tributos federais.

Apesar de todos esses pontos positivos, o MEI terá como despesas o pagamento mensal que corresponde a R$ 45 (Comércio ou Indústria), R$ 49 (Prestação de Serviços) ou R$ 50 (Comércio e Serviços). E, com esse pequeno pagamento mensal, o microempreendedor individual, além de trabalhar de maneira legalizada, tem direito a benefícios previdenciários como auxílio-maternidade, auxílio doença, aposentadoria, entre outros.

A atividade mais comum é o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, exercida por mais de 550 mil empreendedores – o equivalente a mais de 10% do total de microempreendedores individuais no Brasil. Outro dado: 53% desses profissionais são homens, assim como Bruno Brandão, que se viu desempregado após a crise. Quando questionados acerca do que os levou a se tornar um empreendedor, citam a vontade de ser independente, não ter um chefe e a necessidade de uma fonte de renda.

Outra informação importante sobre o perfil desses profissionais é que poucos têm algum tipo de formação em termos de Administração Financeira. E ainda falando de escolaridade, apenas 27% deles chegaram ao ensino superior. (Bárbara Maria – Ascom Educa Mais Brasil)
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