16 de julho, de 2018 | 17:04

Allez les Bleus

Fernando Rocha

Divulgação
Vai, Azul! A França é bicampeã mundial, ao derrotar a Croácia, por 4 x 2, na final mais improvável das últimas Copas.
Embora tenha feito a metade de seus gols através da chamada “bola parada”, ou seja, lances originados de cobranças de faltas, escanteios ou pênaltis, a conquista pelos franceses deste mundial na Rússia foi justa e não merece qualquer tipo de contestação.

Nesta que foi a Copa do Mundo mais globalizada que se viu até hoje, todas as equipes jogaram praticamente iguais no esquema tático, prevalecendo muita marcação, abrindo mão da posse de bola para explorar contra-ataques, sem que surgisse um grande time, uma grande seleção, muito menos um craque fora da curva, a serem lembrados para sempre.

Foi também a Copa do VAR, o árbitro de vídeo, que teve, segundo a Fifa, uma média de acertos nos pênaltis de 99,32%. Precisa ser ainda mais aperfeiçoado, a meu juízo, no sentido de abranger um número maior de lances da partida, diminuindo a interpretação dos assopradores de apito, o que sempre gera erros graves, injustiças e contestações.

O VAR não irá resolver todas as dúvidas nos lances difíceis ou polêmicos, mas certamente irá reduzi-los a índices toleráveis, o que torna sua utilização irreversível depois da experiência positiva nesta Copa da Rússia. Quem não o aceita até hoje, desconfiando que ainda possa ser manipulado, terá que digerir esta nova ferramenta, que veio para ficar e iniciou uma nova era no futebol.

Mais eficiente
O jogo decisivo, vencido pelos franceses por 4 x 2, teve um começo eletrizante da Croácia, dando a impressão de que iria sair na frente do marcador, mas quem abriu o placar foi a equipe de Griezmann, eleito o melhor da partida, após cruzamento dele mesmo, em falta inexistente marcada pelo péssimo apitador argentino, Nestor Pitana, que resvalou na cabeça do croata Mandzukic e entrou no ângulo.

De tanto insistir, a Croácia empatou com Perisic, mas logo em seguida a França, cirúrgica, com um time mais qualificado tecnicamente, fez 2 x 1 através de um pênalti marcado pelo VAR e confirmado pelo inseguro juizinho Pitana.

No segundo tempo se destacaram o jovem Mbappé, de 19 anos, eleito o craque revelação, e Pogba, que jogaram muita bola nos primeiros 20 minutos, levando a eficiente França ao 4 x 2 que lhe valeu o título.

FIM DE PAPO
• Uma cena ficará para sempre registrada como uma das marcas desta Copa do Mundo: a premiação debaixo de muita chuva, que deixou literalmente ensopados os presidentes da FIFA, Rússia, Croácia e França, mostrando que o futebol é capaz de proezas como esta, unindo representantes com pensamentos políticos opostos.

• Logo que a chuva desabou sobre o Estádio Lujniki, um puxa-saco de plantão abriu um guarda-chuva sobre a cabeça do presidente russo, Vladimir Putin. Mas o feitiço virou contra o feiticeiro, pois o que poderia ser um sinal de eficiência, repercutiu como gafe e descortesia. Enquanto Putin ficava enxuto e imune à chuva, ao seu lado outros três presidentes eram mostrados ao mundo pela TV completamente encharcados.

• Foi hilária e até grotesca a cena do presidente da Fifa, Gianni Infantino, claramente incomodado com a água que caía do guarda-chuva de Putin sobre a sua careca. Até que os aspones russos providenciaram uma proteção para as demais autoridades, já era tarde. Todos já estavam molhados e as reações sobre a cena viralizaram na internet, da maneira mais negativa possível para o presidente Putin.

• Talvez esta tenha sido a melhor cobertura jornalística de uma Copa do Mundo feita pela Rede Globo. A decepção ficou por conta do narrador Milton Leite, do Sportv, que ignorou completamente a participação surpreendente de Ronaldinho Gaúcho, um dos pontos altos da cerimônia de encerramento do Mundial.

Além disso, suas narrações foram fracas, sem vibração e com as mesmas piadinhas sem graça. Marcelo Barreto e André Rizek brilharam na apresentação do “Seleção Sportv”, apresentado de um estúdio com visão espetacular da Praça Vermelha, em Moscou, ao lado de convidados como Muricy Ramalho, Cuca, Petkovic e Roger Flores, entre outros.

• Na cobertura do rádio, parabéns à Vanguarda, que fez dobradinha com a Bandeirantes/AM/São Paulo, o que nos deu a chance e o privilégio de ouvir nos jogos do Brasil a voz de um dos maiores narradores do rádio brasileiro de todos os tempos, o inigualável José Silvério, que completou a 11ª cobertura de uma Copa do Mundo, recorde nacional absoluto entre os profissionais da latinha.

• Vêm aí o “1º Encontro de Futsal” do Vale do Aço, que visa resgatar a história desse esporte que fez grande sucesso na região, sobretudo nas décadas de 1980/90. A confraternização será dia 29/7, domingo, no Cariru Tênis Clube, a partir de 11h. Oportunidade para um reencontro histórico entre boleiros do futsal, imprensa, empresários e patrocinadores. Maiores informações com Cosme Mattos (031-999885201/985206958) ou Paulo Henrique Galego (031-987317981). (Fecha o pano!)
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