06 de julho, de 2018 | 10:04

Geração de empregos em Minas Gerais fica acima da média nacional

Estudo do governo aponta que nos primeiros cinco meses do ano, o saldo positivo foi de 736 vagas para cada 100 mil habitantes, enquanto, no Brasil, foi de 369

Wôlmer Ezequiel
Indústria de transformação ficou em terceiro lugar entre os setores que registraram empregabilidade, mas resultado representa aumento de 72%  em relação ao mesmo período do ano passadoIndústria de transformação ficou em terceiro lugar entre os setores que registraram empregabilidade, mas resultado representa aumento de 72% em relação ao mesmo período do ano passado

Levantamento da Assessoria de Gestão do Observatório do Trabalho da Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) de Minas Gerais aponta que, entre janeiro e maio deste ano, o saldo entre admissões e demissões no estado foi de 736 vagas para cada 100 mil habitantes, enquanto, no Brasil, foi de 369, no mesmo período. Entre dez municípios mineiros, Ipatinga aparece como a quarta cidade que mais gerou empregos, conforme apurou o Diário do Aço.

De acordo com o estudo, que também é baseado em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MTE), em números absolutos o estado registrou saldo positivo de 73.159 empregos formais no resultado acumulado dos cinco primeiros meses deste ano. O número é 57% maior que o verificado no mesmo período de 2017, de 46.583 vagas.

“Para compreender os números absolutos e tecer comparações sobre os resultados do estado e do país, reduzindo as distorções, construímos taxas por 100 mil habitantes”, explica o coordenador da Assessoria de Gestão do Observatório do Trabalho, Roberto Figueiredo.

“Considerando a taxa por 100 mil habitantes, Minas Gerais ficou em primeiro lugar no ranking nacional de geração de empregos formais, ultrapassando São Paulo, cujo saldo foi de 621 vagas (por 100 mil habitantes) entre janeiro e maio”, enfatiza Figueiredo.

Em números absolutos, no mesmo período, Minas Gerais manteve o segundo lugar, ficando atrás de São Paulo, cujo saldo foi de 134.358 postos de trabalho.

Setores

O setor de serviços liderou a criação de empregos em Minas Gerais, nos primeiros cinco meses 2018, com um saldo de 25.981 vagas, o que representa um crescimento de 124% frente ao resultado apurado no mesmo período do ano passado, que foi de 11.572 postos de trabalho.

O segundo lugar (23.368 vagas) ficou com a agropecuária, extrativismo vegetal, caça e pesca, seguido pela indústria de transformação (16.837), que registrou um aumento de 72% no saldo de vagas quando comparado com o resultado apurado entre janeiro e maio de 2017, de 9.801 empregos.

Municípios

Por município, os dez maiores saldos de emprego registrados no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano foram: Belo Horizonte (15.994), Nova Serrana (2.710), Paracatu (2.329), Ipatinga (2.172), João Pinheiro (1.343), Patos de Minas (1.338), Nova Lima (1.332), Três Pontas (1.154), Pouso Alegre (1.122) e Extrema (1.108).

Divulgação


Mediação de vagas

A Sedese mantém no ar o Busca Ativa, um sistema que cruza informações do Caged com as de contribuintes do estado, levantando as potencialidades de geração de vagas nas empresas e facilitando o trabalho do Sine. No ano de 2017, as unidades do Sine no estado fizeram 1.932.073 atendimentos e, de janeiro a abril deste ano, 664.501.

O diretor de Atendimento ao Trabalhador da Sedese, Marcel Cardoso Ferreira de Souza, informa que há investimentos também em qualificação profissional, o que igualmente tem reflexos positivos na inserção de trabalhadores no mercado de trabalho. A oferta de cursos se dá por meio de diversos órgãos estaduais.

Entre 2016 e 2018, mais de 1.800 pessoas foram qualificadas nos Cursos de Competências Profissionais e Sociais para o Trabalho, por intermédio do Programa Qualifica-se, coordenado pela Diretoria de Formação Profissional da Sedese.

Nessa mesma direção, a Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais (Utramig) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes), em parceria com a Sedese, oferecem o Programa Pronatec Trabalhador, que dispõe de mais de 600 vagas de cursos de qualificação social e profissional nas modalidades presencial e a distância.

Outra iniciativa da Sedese, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE), é o Programa Juventudes, que visa à inclusão social e produtiva de jovens de 15 a 29 anos em situações de vulnerabilidade e risco social.

A Sedectes, por sua vez, disponibiliza, de forma gratuita, cursos de qualificação profissional por meio de polos de educação a distância, ampliando e interiorizando o acesso a conteúdos pedagógicos que sirvam para capacitação e requalificação, por meio da Universidade Aberta e Integrada de Minas Gerais (Uaitec LAB).

Com a SEE, a Sedectes também é responsável programa Meu Primeiro Negócio, que tem como objetivo promover a cultura empreendedora entre alunos do ensino médio de escolas públicas estaduais, por meio da organização e operacionalização de empresas estudantis.

Na primeira edição do programa foram contempladas 120 escolas da rede estadual. As atividades beneficiaram 2.500 alunos em 70 municípios. Para este ano, a expectativa é alcançar 400 instituições de ensino, favorecendo 14 mil alunos de 199 municípios.

O Seed, único programa governamental de aceleração de startups do país, também é uma iniciativa da Sedectes. Trata-se de uma ferramenta importante criada pelo Governo de Minas para impulsionar o desenvolvimento de negócios inovadores, fortalecer a cultura empreendedora no estado e a geração de empregos.

Até o momento, passaram pelo Seed 152 startups, sendo 36 estrangeiras, e 384 empreendedores, oriundos de 5.408 inscrições. Somente na última rodada, as 40 startups impactaram, aproximadamente, 45 mil pessoas, por meio de atividades de difusão no interior no estado.
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