03 de julho, de 2018 | 10:30

VAR: a grande novidade da Copa 2018

Tecnologia de fato auxilia o juiz principal a analisar melhor os lances dos jogos na rodada?

John Sibley/Reuters
 Sua principal responsabilidade é analisar imagens exibidas em vários monitores para indicar ou não uma infração, auxiliando assim o juiz principal Sua principal responsabilidade é analisar imagens exibidas em vários monitores para indicar ou não uma infração, auxiliando assim o juiz principal

A grande novidade tecnológica desta Copa é o VAR – video assistant referee, ou árbitro assistente de vídeo, em português – que já tem dado o que falar. Sua principal responsabilidade é analisar imagens exibidas em vários monitores para indicar ou não uma infração, auxiliando assim o juiz principal. Nos primeiros cinco dias de competição, a nova tecnologia ajudou na decisão de três dos oito pênaltis marcados nos primeiros 14 jogos na Rússia, o que traz a reflexão de como estaria a tabela de jogos se o recurso não existisse.

Para o professor de Direito Civil da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Fábio Trubilhano, uma das vantagens de seu uso é um aumento considerável no acerto das decisões dos árbitros, "muitas Copas do Mundo foram marcadas por erros de arbitragem que teriam sido facilmente detectáveis pelo árbitro de vídeo: a final de 1966, entre Inglaterra e Alemanha, foi decidida por um gol irregular obtido pelos ingleses, no famoso lance em que a bola bateu no travessão e quicou na linha sem entrar totalmente, gerando dúvidas no árbitro, que consultou seu auxiliar (sem acesso a vídeo), confirmando indevidamente o tento inglês", afirma.

Por outro lado, o professor também aponta que existem desvantagens, como a ruptura na dinâmica do jogo de futebol. "Diferentemente de alguns outros esportes, não estamos acostumados, no futebol, a parar o jogo para que o árbitro reveja lances", comenta.

A novidade da Copa é de grande ajuda para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que pode usar o novo recurso para analisar uma partida ao vivo ou lances após o jogo. Na partida entre Brasil e Suíça, a Federação Internacional de Futebol (FIFA) avaliou a arbitragem como positiva e disse que não houve falta no zagueiro brasileiro Miranda, mesmo com muitos descontentes com a decisão da Federação Internacional de Futebol. Na opinião de Trubilhano, "as imagens audiovisuais não garantem a isenção de erros de arbitragem, mesmo porque muitas decisões se pautam na interpretação subjetiva de lances, porém, é inquestionável que as imagens reproduzidas por diversas vezes e sob diversos ângulos fornecem maiores elementos para a arbitragem formular o seu juízo de valor sobre o lance ocorrido, diminuindo a incidência de erros", finaliza.
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