
02 de julho, de 2018 | 09:01
Fabricianense desenvolve pesquisa na região amazônica com foco no açaí
Segundo o pesquisador, as regiões de interesse para o cultivo do açaí em Minas Gerais são as regiões do médio rio Doce (Vale do Aço e Governador Valadares) e Jequitinhonha
O ambientalista e pesquisador Nilton Barreto trabalha com uma pesquisa na região Amazônica, sobre a Qualidade do Açaí Cultivado em Terra Firme”.
Desde que chegou ao Pará, em 2017, Nilton explica que já visitou diversas instituições de pesquisa que atuam na área, entre elas, Universidade Federal Rural da Amazônia, Embrapa, comunidades de produtores, cooperativas, e especialistas, com finalidade de conhecer a metodologia e técnicas de cultivo do açaí e sua cadeia produtiva.
Na agroindústria do açaí, tudo se aproveita, frutos, folhas, sementes, raízes, palmito e o tronco. As populações ribeirinhas do baixo Amazonas, desde Santarém até a Ilha de Marajó, contam com essa palmeira alta e esguia para o sustento e a nutrição de suas famílias praticamente ao longo de todo o ano. Sendo o açaí típico de clima tropical, ele desenvolve-se naturalmente em regiões sem estação seca definida, mas com um período seco curto ou, às vezes, inexistente, porém sempre quente e com boa quantidade de chuva”, comenta Nilton Barreto.
Segundo o pesquisador, as regiões de interesse para o cultivo do açaí em Minas Gerais são as regiões do médio rio Doce (Vale do Aço e Governador Valadares) e Jequitinhonha. Outra região de interesse é o Sul do estado onde a precipitação varia entre 1300mm a 3500 mm.
Nilton Barreto informa que a escolha dessas regiões, especialmente o médio rio Doce e Jequitinhonha, é por serem regiões de clima quente e facilidades para irrigação. E por ser o açaí uma espécie típica de floresta, o açaizeiro pode exercer um papel conservacionista, protegendo o meio ambiente, as nascentes do rio, recuperar áreas desmatadas, repovoar o remanescente da Mata Atlântica, além de possibilitar a maximização do uso do solo, em sistemas de consórcios com inúmeras culturas.
Ao mesmo tempo, conforme o pesquisador, pode gerar receitas, ao oferecer uma série de oportunidades de cultivo. Mesmo em sistemas monoculturais, as palmeiras oferecem proteção ao solo, por ser um cultivo altamente adensado, evitando a erosão e lixiviação, principais agentes de degradação do solo. Portanto, o açaizeiro é uma palmeira altamente ecológica e economicamente rentável, constituindo-se em uma excelente alternativa de diversificação agrícola, como a produção de palmito de açaí”, defendeu Nilton Barreto.
O pesquisador adianta que ainda ente ano deve ocorrer um fórum em nível estadual para discutir o tema açaí e sua transformação em produto da agroindústria mineira. Os interessados no assunto poderão entrar em contato pelos telefones: (31) 98767-6056 Oi Minas; (91) 98913-1044 Tim Belém/Pará.
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