27 de junho, de 2018 | 09:22

Minas fecha 5 primeiros meses com queda de 33% nos roubos e 21% nos homicídios

Houve redução em 9 dos 12 crimes monitorados pela Secretaria de Segurança Pública nos primeiros cinco meses de 2018

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80,6% dos municípios mineiros não tiveram registro de homicídios ou mantiveram ou reduziram seus índices nos cinco meses de 201880,6% dos municípios mineiros não tiveram registro de homicídios ou mantiveram ou reduziram seus índices nos cinco meses de 2018

Os registros de roubos em Minas Gerais alcançaram a marca de 32,8% de redução nos cinco primeiros meses de 2018. Para se ter uma ideia do que isso significa em números, vale dizer que as 52.459 ocorrências registradas no mesmo período do ano passado caíram para 35.253. Ou seja, o trabalho do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Secretaria de Administração Prisional (Seap) evitou que pelo menos 114 roubos fossem cometidos, por dia, nestes primeiros meses do ano. Na capital, a diminuição chega a 35%, com ocorrências diminuindo de 18.033 para 11.725.

Os números são ainda mais significativos quando se considera que os cinco primeiros meses de 2017 também já haviam sido fechados com redução nessa modalidade de crime, pela primeira vez nos últimos seis anos. “São quedas em cima de estatísticas que já vinham em redução. Isso mostra como integração das forças de segurança e o apoio do Governo na tratativa da segurança como prioridade têm sido determinantes em Minas Gerais”, avaliou o secretário de Segurança Pública Sérgio Barboza Menezes.

Importante indicador da violência, o número de vítimas de homicídio também está em queda de 21,1% em todo o Estado e 27,2% na capital. Dados do Observatório de Segurança Cidadã da Sesp mostram que, pelo interior, 80,6% dos municípios não tiveram registro deste tipo de crime, mantiveram ou reduziram seus índices.

80,6% dos municípios mineiros não tiveram registro de homicídios ou mantiveram ou reduziram seus índices nos cinco meses de 2018.

Para o comandante-geral da Polícia Militar, Cel. Helbert Figueiró de Lourdes, a redução dos crimes violentos, entre eles o homicídio, “não acontece por acaso” e é resultado de “estratégias e investimentos que estão sendo feitos em segurança”. Para o comandante, o aumento do número de apreensões de armas pela Polícia Militar também tem contribuído de forma expressiva para a redução dos homicídios, bem como dos crimes contra o patrimônio. “Nosso trabalho pauta-se em uma polícia de proximidade, com estratégias modificadas diariamente para garantir mais segurança para a população. ”

Na capital, onde o projeto de setorização das Bases Móveis é realidade desde o ano passado, a explicação para a redução nos índices de roubos e homicídios tem relação direta com o projeto de polícia de proximidade. Como destaca o comandante, desde que os equipamentos foram instalados em Belo Horizonte, a diminuição dos crimes violentos em geral foi de 32%.

O Delegado-Geral Carlos Capristrano, superintendente de Investigação e Polícia Judiciária da Polícia Civil de Minas Gerais, também reitera que a redução significativa da criminalidade violenta no Estado é fruto da soma do empenho de todos os atores da Segurança Pública em Minas Gerais. “No caso específico da Polícia Civil, a gestão atual tem investido em inteligência, integração com as demais agencias do sistema criminal, assim como com as Polícias Civis de outros Estados. O objetivo é a de desarticulação de organizações criminosas, tornando a investigação criminal qualificada e ágil e proporcionando um aumento das taxas de elucidação e responsabilização dos cidadãos infratores.”

Interior

Entre as cidades do interior com reduções percentuais de destaque no número de registros de homicídio está Uberlândia, no Triângulo (-54,17%). Foram 48 mortes nos cinco primeiros meses de 2017 contra 22 no mesmo período deste ano. Em segundo lugar está Sete Lagoas, na Região Central, com o número de registros de homicídios caindo de 18 para 10 no mesmo período (-44,44%).

Quando a avaliação é do registro de roubos, Sete Lagoas também aparece em boa posição, com a maior variação de queda: -47,31%. Foram 930 ocorrências de janeiro a maio de 2017, contra 490 no mesmo período de 2018. Nova Serrana, no Território Oeste, também decresceu nas estatísticas deste tipo de crime, saindo de 969 para 568 registros (-41,38%).

Vale lembrar que os 12 dados de criminalidade monitorados pela Secretaria de Segurança Pública, nos 853 municípios do Estado, estão disponíveis para consulta online, de forma rápida e transparente. Basta acessar o site da secretaria (www.seguranca.mg.gov.br) > Integração > Estatísticas > Estatísticas Criminais.

Mais Segurança

Os cinco primeiros meses de 2018 fecham com 9 das 12 estatísticas de criminalidade monitoradas em queda: homicídio tentado e consumado, estupro tentado e consumado, roubo, sequestro e cárcere privado, extorsão, lesão e furto. Estupro de vulnerável tentado e consumado e extorsão mediante sequestro estão em alta.

A diminuição da maior parte dos índices é resultado da priorização da segurança pelo Governo por meio do Programa Mais Segurança que é um pacote de ações de gestão, modernização e ampliação do sistema de segurança. O Estado tem, atualmente, a menor taxa de homicídios dos últimos 7 anos. Depois de 6 anos consecutivos de aumento, os roubos também começaram a cair no início de 2017 e desde então, estão com redução mensal nas estatísticas.

Foram contratados mais 4.360 novos militares e cerca de 1.600 investigadores de polícia civil, peritos e médico-legais e adquiridas cerca de 2 mil novas viaturas para as polícias civil e militar. Sem perder de vista a prevenção à criminalidade, programas reconhecidos como o Fica Vivo, Central de Alternativas Penais e Mediação de Conflitos estão sendo levados para novas cidades: somente neste mês serão inaugurados dois novos centros de prevenção à criminalidade.

A apuração de homicídios alcançou 55% em 2017, enquanto a média no país é menos da metade: 25%. A interlocução e integração entre as polícias, Ministério Público e Justiça também têm trazido celeridade e otimização do sistema de segurança como um todo.
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