16 de junho, de 2018 | 12:30

Argentina Tropeça e empata com a Islândia

Ao contrário do que se imaginava, a seleção da Islândia fez com muita precisão o papel de franco atirador, encarando com coragem a equipe de Messi

FIFA/Divulgação
O craque do Barcelona sentiu o baque e, até o final do jogo, tentou consertar a situação, mas concluiu os lances de maneira dispersiva e sem direçãoO craque do Barcelona sentiu o baque e, até o final do jogo, tentou consertar a situação, mas concluiu os lances de maneira dispersiva e sem direção

O clima de festa antecipada por um suposto “massacre” e a arrogância da torcida argentina foram murchando assim que a bola rolou. Ao contrário do que se imaginava, a seleção da Islândia fez com muita precisão o papel de franco atirador, encarando com coragem a equipe de Messi.

Nesse cenário, os dois times se alternaram no comando das ações. Na sequência de cada ataque mais insinuante dos argentinos os islandeses respondiam com incursões perigosas na defesa albiceleste.
Esse cenário se estabeleceu a partir dos 8min, quando Finnbogason chutou de longe, assustando Caballero.
Na reposição, o ataque argentino foi parado com falta. Na cobrança feita por Messi, Tagliafico cabeceou rente à trave.

Aos 16min, Messi repetiu a sua jogada característica, carregando a bola antes de invadir pelo meio e soltar a bomba. Mas o goleiro da Islândia estava atento e evitou o gol.

No lance seguinte, foi a vez da Argentina levar um susto, com um chute potente de Bjarnason.
Essa determinação das duas equipes para encarar um jogo franco terminou nas redes aos 18min. Rojo errou o chute, mas a bola sobrou para Agüero, que não perdoou, mandando uma bomba com a canhota: 1 a 0 Argentina.

A Islândia não se deixou abalar e continuou insistindo no ataque. E foi premiada com o empate aos 23min. Sigurdsson chutou cruzado, Caballero deu rebote e Finnbogason decretou o 1 a 1. Mais um momento histórico na história das Copas: na sua primeira participação no Mundial, a Islândia fez bonito e balançou as redes.
Ao contrário do estreante, a Argentina, duas vezes campeã mundial, aumentou a posse de bola, mas passou a ser mais cautelosa para fechar os espaços.

Nessa esquematização, os lances de área ficaram mais escassos. Aos 41, depois de cruzamento de Salvio, a bola tocou no braço de Sigurdsson. Os argentinos pediram pênalti, mas só ganharam o escanteio.
A essa altura, Maradona estava desesperado no camarote, fumando e gesticulando muito. E por pouco assistia ao segundo gol da Islândia, aos 42min. Sigurdsson se livrou dos marcadores e concluiu, o goleiro Caballero espalmou e a zaga conseguiu aliviar o perigo.

Messi perde pênalti

Na segunda etapa, o jogo continuou com a Argentina retendo a bola, a fim de evitar se expor às investidas da Islândia.

Aos 5min, depois de uma cabeçada de Árnason, a bola desvia na mão de Salvio, mas o árbitro não interpretou como lance faltoso.

Aos 17min, em nova descida do ataque argentino, Magnússon derruba Meza na área. Messi cobrou o pênalti no canto direito, e foz a vez do goleiro Halldórsson virar protagonista, ao fazer a defesa.
O craque do Barcelona sentiu o baque e, até o final do jogo, tentou consertar a situação, mas concluiu os lances de maneira dispersiva e sem direção.

A Argentina atuou com Caballero; Salvio, Otamendi, Rojo e Tagliafico; Mascherano, Biglia, Meza e Messi; Di María e Agüero. Técnico - Jorge Sampaoli

A Islândia empatou com: Halldórsson; Saevarsson, Arnason, R. Sigurdsson, Magnússon; Gunnarsson, Hallfredsson, * J. Gudmundsson, Bjarnason, G. Sigurdsson, Finnbogason; Técnico - Heimir Hallgrímsson

rbitragem escalada para esta partida tem poloneses e colombianos. São eles: Azymon Marciniak, Pawel Sokolonicki, Tomas Listkiewicz (Polônia), Wilmar Roldan, Alexander Guzman (Colômbia). Já a equipe do VAR (árbitro de vídeo) tem Mark Geiser (EUA), Pawel Gil (Polônia), Joe Fletcher (Canadá), Gery Vargas (Bolívia).

FRANÇA X AUSTRÁLIA

A vitória por 2 a 1 da França sobre a Austrália, na manhã deste sábado, na Arena Kazan, entrou para a história das Copas do Mundo. Não pela qualidade do futebol, mas pelo uso da tecnologia. Foi a primeira vez que o árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês) mudou uma decisão do árbitro, culminando em pênalti para a França (anotado por Griezmann). Foi também a primeira partida em 2018 com um gol assinalado com o sensor ativado pelo chip na bola, que, após chute de Pogba, bateu no travessão e então atrás da linha do gol da Austrália, antes de voltar para o campo (em 2014, o recurso já havia sido utilizado). Os australianos lutaram muito e chegaram a empatar o jogo com Jedinak, num pênalti bizarro de Umtiti (lance em que o árbitro uruguaio Andrés Cunha levou alguns segundos antes de tomar a decisão, mas, neste caso, não há como cravar que houve interferência do VAR). Mas a França, longe de ser brilhante, e com a ajuda da tecnologia, acabou saindo vitoriosa.

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