04 de junho, de 2018 | 15:10

Momento de surpresas

Divulgação
Todo início de Campeonato Brasileiro é assim. Ou pelo menos tem sido assim nos últimos anos, onde se vê um grande um equilíbrio entre os concorrentes, um nivelamento técnico por baixo, já que os nossos principais jogadores atuam no exterior. Mas não deixa de ser emocionante ver, como agora, cinco, seis, até mais clubes entre os chamados “grandes”, brigarem pelas primeiras posições na tabela de classificação.

E assim, o começo deste Campeonato Brasileiro está surpreendendo muita gente. Após vários anos o Atlético chegou a liderar a disputa, o São Paulo também, o Cruzeiro já figurou na zona de rebaixamento e agora ocupa a vice-liderança (se o Fluminense não tiver ganho do Paraná ontem à noite), além do Flamengo, que há duas rodadas é o líder.

Antes da bola rolar, os pitacos sobre quem tinha mais condições de se sobressair apontavam o Palmeiras, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro como os maiores favoritos ao título e vagas na Libertadores, o que ainda não se confirmou, pelo menos em relação aos dois primeiros.

Antes de elogiar a arrancada do Cruzeiro, que vem de três vitórias consecutivas, sendo duas fora de casa, e criticar as últimas péssimas atuações do Galo, sem vencer há três rodadas, fato que o fez despencar na classificação, vale ressaltar a boa campanha do América, que tem mostrado um futebol bastante interessante, considerando-se a qualidade e as limitações do seu elenco.

O América venceu quatro dos cinco jogos em casa, conseguindo se manter até aqui fora da zona da degola, que é o seu grande objetivo na competição. Se continuar nessa toada e pontuar também fora de casa, no melhor dos mundos o Coelho pode até sonhar com uma Sul-Americana. Por que não?

Neymar-dependência
Jogo ruim, 0 x 0 no 1º tempo e domínio da Croácia, mas no intervalo Neymar entrou, então tudo mudou. Os primeiros 45 minutos ruins da seleção podem até não ser atribuídos somente à ausência dele, o nosso único craque de verdade, poupado devido à cirurgia no pé, que o afastou dos gramados nos últimos três meses, mas a vitória de 2 x 0 no final se explica pela sua presença na partida.

Melhor ainda: Neymar foi o autor do gol que abriu o caminho para a vitória, chutando com o pé direito, o mesmo do dedinho mindinho operado pelo médico Rodrigo Lasmar, a quem fez questão de abraçar durante a comemoração, juntamente com o seu fisioterapeuta particular e também da seleção, Rafael Martini.

A seleção depende, sim, de Neymar. Mas é fato também que a Argentina depende de Messi, assim como Portugal de Cristiano Ronaldo e vai por aí afora, até porque qualquer time ou seleção do mundo ficaria melhor com qualquer um deles.

FIM DE PAPO
• Ficou nítido, depois do jogo, o incômodo do técnico Tite com a ação de um patrocinador, focando exclusivamente no gol de Neymar como o principal mérito da equipe. Midiático como sempre, Tite tratou de minimizar o constrangimento e elogiou todos os jogadores, com aquele blá, blá, blá tradicional, ou, como diria o mestre José Rodrigues do Amaral, o Carioca, “a Bahia choveu, Pernambuco fez sol”. E vida que segue.

• Os amistosos das principais seleções, que fazem os últimos ajustes para a disputa da Copa na Rússia, têm tido um ponto em comum. Vê-se claramente que os jogadores estão muito desgastados, em razão do término da temporada europeia, onde a grande maioria deles atua. Há, claramente, um cuidado extremo para não haver contusões de última hora. Resumo da ópera: nenhuma equipe vai chegar voando nesta Copa.

• O clima no vestiário do Atlético, após o empate com a Chapecoense, teria esquentado além do normal, em razão de uma discussão bastante áspera entre o meia Luan e o técnico Thiago Larghy. Insatisfeito com as seguidas substituições durante os jogos, Luan teria questionado o técnico, gerando um clima ruim, que só não virou vias de fato pela entrada da turma do “deixa disso”. Apesar do ambiente pesado, o diretor de futebol, Alexandre Gallo, deixou o Independência mais cedo, pois tinha voo marcado para o Rio de Janeiro. Ah! Tá...

• Concordo plenamente com a opinião do jornalista Chico Maia, sobre o atual momento vivido pelo Atlético: “Se o elenco é limitado e o clube está sem dinheiro pra grandes investimentos, a diretoria de futebol precisa mostrar competência e se virar. A verdade nua e crua é que o Alexandre Gallo não está dando conta do recado”. (Fecha o pano!)
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