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28 de maio, de 2018 | 11:34

Feira atacadista em Ipatinga tem queda de 70%

Apenas produtores regionais, com rotas fora das manifestações de caminhoneiros conseguiram chegar à feira do Ipatingão

Alex Ferreira
Feira atacadista do Ipatingão nessa segunda-feira: esvaziada com paralisação de caminhoneiros Feira atacadista do Ipatingão nessa segunda-feira: esvaziada com paralisação de caminhoneiros

Algumas caixas com tomate, vendida cada uma a R$ 50, banana, jiló, pimentão e limão compunham um cenário desolador na feira atacadista do Ipatingão, na manha dessa segunda-feira. No local foram registrados apenas 30% do total movimentado normalmente pela feira.

É da feira atacadista no estacionamento do estádio que saem os produtos que abastecem alguns supermercados, mercearias, varejões e restaurantes. Entre os produtos em falta estão as hortaliças, principalmente.

Nenhum comerciante conseguiu trazer verduras de folha, como alface e couve, entre outros alimentos que compõem o cardápio.

No controle de portaria da feira a reportagem do o Diário do Aço obteve a informação que apenas 30% do volume normal de cargas chegaram à feira atacadista. Ainda assim entraram apenas produtores regionais, que vieram de municípios vizinhos cuja rota da viagem até a feira atacadista não possui pontos de bloqueio de rodovias.

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Retenção

Quem tentou passar pelos bloqueios acabou ficando agarrado na estrada, conforme relatou um caminhoneiro. "Tentei convencer os manifestantes que precisava passar com uma carga de hortaliças, perecível, mas foram irredutíveis", reclamou.

O comerciante Wagner Sales, do Hortinutri, comprou o que conseguiu negociar com os fornecedores. "Pouca coisa, uma situação desoladora, mas nas gondolas os clientes estão compreendendo a gravidade da situação e até apoiam a paralisação dos caminhoneiros, porque todos querem mudanças. Tem que parar para ver se conseguimos mudar", afirmou o comerciante.

Já o autônomo Francisco de Assis Batista, o Chico da Verdura, que comercializa hortaliças em uma bicicleta na região dos bairros Veneza, Caravelas e Jardim Panorama, disse que hoje completa oito dias que não consegue comercializar nada. "Está difícil, somos prejudicados com isso, mas os caminhoneiros também tem que correr atrás dos seus direitos, de forma que eles têm meu apoio também", resumiu.


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