14 de maio, de 2018 | 17:01

Sem sustos

Divulgação
O público não foi o esperado - 21.907 presentes, 19.390 pagantes para uma renda de R$ 407.831,00 -, mas o Cruzeiro fez uma bela festa homenageando todas as mães na manhã do último domingo, no Mineirão.
Dentro de campo a equipe correspondeu, ao derrotar sem maiores sustos o Sport Recife, por 2 x 0, mesmo sem contar com Thiago Neves, poupado para o jogo de amanhã contra o Atlético-PR, em Curitiba, pela Copa do Brasil.

A fase do Cruzeiro é muito boa e os números são altamente positivos: segunda vitória consecutiva no Brasileirão, quinto jogo sem sofrer gols, o que lhe garantiu o 8º lugar na competição, apenas três pontos atrás dos líderes Flamengo, Corinthians e Galo, sem contar os jogos da noite passada.

Dedé abriu o placar com um belo gol de cabeça e teve também ótima atuação defensiva, mas recebeu o terceiro cartão amarelo e irá desfalcar a equipe celeste no clássico contra o Galo, sábado, no Horto, pelo Brasileiro.

Dois tempos
Já o Galo conseguiu uma vitória expressiva diante do Atlético-PR na Arena da Baixada, em Curitiba, 2 x 1, a primeira fora de casa neste Brasileirão, desta vez sem cometer vacilos no fim do jogo.

Foram dois tempos distintos: o Furacão mandou na primeira etapa, transformando o goleiro Victor no melhor em campo, com pelo menos três defesas espetaculares. No 2º tempo o Galo subiu de produção e engoliu o Furacão, até fazer os dois gols que lhe deram a vitória de virada.

Além de Roger Guedes, Bremer e Victor, o destaque foi o técnico Thiago Larghy, que desta vez escalou bem a equipe, manteve Bremer de titular na zaga e deixou o veterano Leonardo Silva no banco de reservas, sendo ousado ao mexer no time que jogava muito mal, ainda no 1º tempo.

As saídas de Luan e Otero para as entradas de Elias e Cazares, respectivamente, deram certo e o time foi outro na segunda etapa, valendo-se também da melhor condição física de seus jogadores, poupados na semana anterior contra o San Lorenzo, enquanto o Atlético-PR se desgastou na Argentina enfrentando o Newell’s Old Boys pela Copa Sul Americana.

Agora o Galo vira a chave do Brasileirão para focar na Copa do Brasil, onde vai enfrentar a Chapecoense, em Santa Catarina, para seguir sonhando com os R$ 60 milhões de premiação da segunda mais importante competição nacional.

FIM DE PAPO
• O técnico Tite convocou, ontem à tarde, sem surpresas, a seleção brasileira para a Copa do Mundo da Rússia. Foram divulgados os nomes dos 23 escolhidos que irão vestir a amarelinha, com a dura missão de apagar a péssima impressão deixada há quatro anos no Mundial do Brasil, sobretudo o vexame dos 7 x 1 diante da Alemanha, na semifinal disputada no Mineirão.

• A grande ausência na lista divulgada ontem foi do experiente lateral-direito Daniel Alves, que sofreu uma lesão no joelho e ficará de fora da competição. Tite acertou ao convocar o zagueiro do Grêmio, Pedro Geromel, ao invés de chamar o são-paulino Rodrigo Caio, que era o favorito. Por outro lado, acho que existem melhores opções do que Fred e Taison, uma delas o gremista Arthur, que vem arrebentando neste Brasileiro. Justiça mesmo foi ter incluído o zagueiro Dedé entre os 12 que ainda poderão ser chamados para ir à Copa do Mundo na Rússia.

• A partir de agora veremos intensas campanhas publicitárias, puxadas pelos veículos detentores dos direitos de transmissão da Copa, na tentativa de mobilizar os 207 milhões de brasileiros, tentando reviver a “pátria de chuteiras” em torno do sonho do Hexa. Ao contrário de Copas anteriores, desta vez a tarefa não será tão fácil, em razão do descrédito do futebol, por conta dos escândalos recentes envolvendo entidades e dirigentes do esporte, além do crescimento de outras opções de entretenimentos via internet.

• De acordo com uma pesquisa feita em janeiro deste ano pelo Datafolha, 41% dos brasileiros disseram não ter mais interesse pelo futebol, o que significa números maiores do que as torcidas de Flamengo e Corinthians juntas, as duas maiores do país.

Mas, como costumava dizer e escrever o grande Nelson Rodrigues, um dos maiores entusiastas e um dos principais responsáveis pelo mito criado em torno da seleção: “O brasileiro é um feriado”. Então, que venham a Copa da Rússia, os feriados, a Seleção e, quem sabe, até mesmo as caras e ruas pintadas, até porque já dizia o sambista: “Tristezas não pagam dívidas/não adianta chorar”. (Fecha o pano!)
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