05 de maio, de 2018 | 09:25

Hora de subir

Divulgação
O Campeonato Brasileiro chegou apenas à 4ª rodada, e pelo menos dois dos principais favoritos ao título, Cruzeiro e Grêmio, já entraram em campo com times totalmente reservas.
Longe de mim condená-los por isso. Afinal de contas, os jogadores não são máquinas, e eles enfrentam um calendário maluco de jogos a cada três dias. Disputando paralelamente a Copa Libertadores, principal competição do continente, que sempre é prioridade dos grandes clubes nacionais, não há mesmo outro jeito.

Muito por conta disso, ambos apresentam um mau começo neste Brasileiro: o Grêmio iniciou a 4ª rodada em 12º, com 4 pontos ganhos (uma vitória, um empate e uma derrota), enquanto o Cruzeiro teve início ainda pior, obtendo apenas um ponto e ocupando neste momento a zona de rebaixamento, em 18º lugar. Mas, também em comum, os dois já estão classificados para os mata-mata da Libertadores e, hoje, entram em campo em seus domínios, tentando subir posições e melhorar suas campanhas na maior competição nacional: o Cruzeiro recebe o Botafogo e o Grêmio fará o confronto contra o Santos.

Projeto de treinador
A grande atuação do Atlético no último fim de semana, quando reviveu os bons tempos do “caiu no Horto tá morto” e venceu o poderoso Corinthians por 1 x 0, passando ainda por cima pelos erros da arbitragem, deixou a torcida atleticana eufórica, sensação que mudou novamente para desconfiança após o empate de 0 x 0 com a Chapecoense, pela Copa do Brasil, quarta-feira, também no Independência.

Apesar do bom retrospecto à frente do alvinegro (12 vitórias, três empates e seis derrotas), sem contar o jogo de ontem contra o São Paulo, não acho que Thiago Larghy já mereça a efetivação, pois ainda o considero um projeto de treinador, a bem da verdade, com potencial para vir a se tornar um dos grandes técnicos do futebol brasileiro.

Todos nós sabemos que o elenco atual do Galo é limitado em número e qualidade, não possui um craque diferenciado, vive de alguns brilharecos como os chutes de Otero, os gols de Ricardo Oliveira, que às vezes revive os grandes momentos do início de sua longeva carreira, do vigor de Luan e de algumas boas novidades como o meia Gustavo Blanco.

Sem um bom número de opções para modificar este cenário de pobreza técnica da equipe, Thiago Larghy peca muito na hora de fazer substituições, que quase sempre não funcionam, como ocorreu diante da Chapecoense.
Mas é fato que o time, mesmo com esses altos e baixos, vem evoluindo sob seu comando, e como diria meu velho e bom avô, o saudoso Tatão Rocha, na inesquecível Sobrália da minha infância: “Não é bonito de encantar, nem é feio de espantar”.

FIM DE PAPO
Na última semana, uma informação divulgada pelo jornalista Rodrigo Fuscaldi, de Belo Horizonte, dava conta de que essa indefinição sobre Thiago Larghy por parte da diretoria do Galo tem a ver com a contratação do técnico Cuca, que viria após a Copa do Mundo. O Atlético divulgou uma nota desmentindo a notícia, mas onde tem fumaça tem fogo. E até prova em contrário, o jornalista que deu a informação é um cara sério e merece todo respeito. Vamos aguardar!

Como escrevi lá em cima, o fato de Cruzeiro, Grêmio e todos os demais chamados “grandes” pouparem jogadores titulares no Campeonato Brasileiro, com a intenção de preservá-los para competições, digamos assim, “mais importantes”, como a Libertadores, Copa do Brasil ou Sul-Americana, não está errado, por conta do excessivo número de jogos e o desgaste dos atletas. O que causa um certo temor é que o Brasileiro, brevemente, perca a sua antiga importância, o que já me parece estar acontecendo, e que essa desvalorização o transforme num desses muitos estaduais capengas que vemos por aí, como o nosso Mineiro.

O Palmeiras se deu ao luxo de fazer o inverso na última semana, ou seja, foi a Lima com nove reservas e derrotou o peruano Alianza Lima (3 x 1) pela Libertadores. Mostrou porque é considerado o clube de melhor elenco do país. Se vencer agora em casa os colombianos do Junior Barranquilla, vai se tornar o líder geral da fase de grupos da Libertadores, garantindo o direito de fazer todos os jogos de volta em casa nos mata-mata, o que não deixa de ser uma grande vantagem para quem já é muito forte.

Com a vitória do Racing por 1 a 0 sobre o Universidad de Chile, na Argentina, na última semana, o time chileno só conseguirá tirar a vaga do Cruzeiro na próxima fase da Libertadores se eliminar uma diferença de 16 gols de saldo a favor do time celeste. Não é impossível, pois se trata de futebol, mas é totalmente improvável. Seria como se o Sargento Garcia prendesse o Zorro, ou a Maga Patalógika conseguisse roubar a moedinha número um do Tio Patinhas. (Fecha o pano!)
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