30 de abril, de 2018 | 15:32

Grande vitória

Divulgação
Se o técnico Tite, que estava no Independência, foi ver o futebol de Rodriguinho, do Corinthians, que a influente imprensa paulista tenta emplacar na lista dos que vão à Copa da Rússia, acabou vendo mesmo foi Gustavo Blanco, o meio-campista total do Atlético, que sabe marcar e atacar como poucos atualmente no futebol brasileiro, titular absoluto em sua função natural, com direito a olhar o campo de frente, com visão panorâmica. Passou, armou, desarmou, o “motorzinho” do time foi disparado o melhor em campo.

Polêmicas à parte em relação à arbitragem, o placar de 1 x 0 favorável ao Atlético foi magro, pelo futebol apresentado e as chances criadas, fazendo com que merecesse a vitória de maneira folgada por dois ou três gols.
Enfim, um time do Atlético, do goleiro Victor ao último jogador, onde todos estiveram muito bem, apresentaram um bom futebol, organizado, além de uma garra que há muito não se via, revivendo a mística do Horto, que tornou o clube respeitado e temido dentro de sua casa.

O ritmo intenso que impôs ao jogo, sem considerar nenhuma bola como perdida, contagiou a torcida, que aplaudiu e apoiou o tempo inteiro, até mesmo nos erros cometidos em alguns lances.
Só assim mesmo para ganhar do “Curintia”, atual campeão e um dos favoritos ao título deste ano, um time que não tem grandes estrelas, mas é quase perfeito taticamente, frio, calculista, aposta no erro do adversário e joga por uma bola, contando ainda com a boa vontade das arbitragens.

Nova turma
Repercute em todo o mundo a decisão da FIFA, que deu ao ex-presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o destino esperado, ou seja, está agora banido do futebol. O problema é que há fortes indícios de que se trate apenas de um jogo de cena da entidade máxima do futebol, que na verdade não desejaria ir fundo nas investigações, ou seja, estaria apenas trocando seis por meia dúzia.

A não renovação dos mandatos de um juiz de ética e de um investigador, que estariam indo muito longe nas investigações sobre a corrupção praticada por membros da cúpula central da entidade, revela este lado obscuro das intenções do atual presidente, Gianni Infantino.

Prevendo a decisão da Fifa, Del Nero elegeu dias atrás o sucessor na CBF, Rogério Caboclo, seu fiel escudeiro. Portanto, na prática, vai continuar dando as cartas no futebol brasileiro, com o total apoio das obscuras federações.
A conclusão a que se chega diante de tudo isso, infelizmente, é que sai do foco principal uma velha geração de corruptos do futebol para entrar em cena uma nova, para fazer as mesmas sujeiras, falcatruas, conluios, trapaças, as mesmas roubalheiras de sempre.

FIM DE PAPO
• O empate de 0 x 0 em Porto Alegre com o Internacional, usando um time reserva, foi até certo ponto bom para o Cruzeiro, que pelo menos somou um ponto, embora continue ainda sem vencer neste Brasileiro. A equipe estava com a cabeça no jogo decisivo de amanhã no Rio de Janeiro, contra o Vasco da Gama, quando usará força máxima. A torcida celeste espera a vitória com outra grande atuação, à exemplo da goleada de 7 x 0 na “La U”, para não ter que sofrer muito contra o Racing, no Mineirão, na última rodada da fase de classificação.

• Sem contar o jogo de ontem à noite entre América x Vitória/BA, no Independência, esta terceira rodada do Brasileiro bateu recorde de reclamações em relação às arbitragens, sob o olhar complacente e omisso da CBF, a dona da mercadoria. No confronto entre Galo x Corinthians, os dois lados saíram reclamando de decisões equivocadas do paraense Dewson Freitas, que teria recebido ajuda externa para anular um gol atleticano na primeira etapa, alegando, após quase dois minutos de indecisão, que o atacante Ricardo Oliveira teria tocado a mão na bola de forma intencional.

• No empate de 1 x 1 entre Fluminense e São Paulo, no Maracanã, o tricolor carioca reclama da não marcação de um pênalti em, adivinhem, um lance de bola na mão do são-paulino Jucilei, onde o péssimo assoprador de apito, o paranaense Rodolpho Toski Marques, aplicou outro critério em relação ao adotado pelo paraense Dewson Freitas. Já o tricolor paulista deixou o campo cuspindo marimbondo, por entender que o atacante Pedro empurrou o zagueiro Arboleda, para fazer o gol de empate e igualar o marcador.

• Em São Paulo, o Palmeiras também saiu reclamando do árbitro, pois não viu o impedimento anotado por ele do zagueiro Antônio Carlos, no último lance de jogo, que lhe daria a vitória sobre a Chapecoense. Mais cedo do que se esperava, o Brasileirão apresentou sua marca registrada, que deve continuar e até piorar no decorrer da disputa.

• Claro que o árbitro de vídeo não resolveria tudo, mas certamente, a maioria dos erros grosseiros dos assopradores de apito não seriam validados. Essa porcaria toda deve ser debitada na conta dos cartolas dos 12 clubes, que votaram contra a utilização do chamado VAR na reunião do conselho técnico da CBF, realizada em fevereiro, antes do início da competição. São eles: Corinthians e Santos (SP), América, Cruzeiro e Atlético (MG), Atlético e Paraná (PR), Vasco e Fluminense (RJ), Sport (PE), Vitória (BA) e Ceará (CE). (Fecha o pano!)
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