CADERNO IPATINGA 2024

23 de abril, de 2018 | 16:10

Em crise

Divulgação
Que o torcedor de futebol é bipolar todos sabemos, mas não custa nada pedir cautela, pois o imediatismo cada vez maior e mais presente nesse velho esporte bretão pode, às vezes, interromper a sequência de trabalho e causar danos irreparáveis às equipes no futuro.

É o caso agora do Cruzeiro, cuja torcida vive num sobe e desce constante de opiniões, após um início de temporada em lua-de-mel com o time, interrompido pela derrota para o Atlético na primeira partida da final do nosso estadual, e um tropeço diante do Vasco na Libertadores.

Todo o bom trabalho até então do técnico Mano Menezes e dos jogadores passou a ser questionado, como se nada prestasse. Uma rápida trégua veio após a conquista do estadual, porém, diante de novos insucessos, como a derrota no último domingo para um time de garotos do Fluminense, que teve um jogador expulso aos 14 do 1º tempo e mesmo assim segurou o resultado favorável de 1 x 0, trouxe de volta a desconfiança e a ira da torcida.

Torna-se necessário muito cuidado nas avaliações, para evitar decisões precipitadas, pois se o Cruzeiro não se classificar para a próxima fase da Libertadores o técnico Mano Menezes periga ser demitido, o que seria um retrocesso e traria enormes prejuízos ao planejamento da temporada.

Fim do jejum
Já o Galo finalmente encerrou o incômodo jejum de quatro jogos sem vencer, ao derrotar o Vitória/BA, 2 x 1, no Independência. De um modo geral, fez uma boa partida, mas para manter a tradição de complicar as coisas, Gabriel fez um gol contra a poucos minutos do fim do jogo, possibilitando uma certa pressão do Vitória, que, felizmente, não deu em nada.

Ficou claro neste jogo que Gustavo Blanco tem que ser titular no lugar Elias, cujo destino é mesmo o banco de reservas. Outro destaque, Roger Guedes, fez o gol da vitória e correu bastante, fazendo em parte as pazes com a torcida. Se continuará assim, bonzinho e bem-comportado, produzindo para a equipe, só o tempo dirá. E domingo, diante do Corinthians, será uma boa oportunidade para este time comandado por Thiago Larghy provar que tem condições de brigar por títulos nesta atual temporada.

FIM DE PAPO
• No Atlético a torcida cobra a contratação de reforços, mas que sejam de qualidade e não do tipo destes que vieram, onde, à exceção de Ricardo Oliveira, todos não vingaram. O discurso manjado de “pedir paciência” à torcida já está com prazo de validade vencido, depois de mais de noventa dias de jogos e disputas. Se não tem dinheiro, que a diretoria trate de conseguir “investidores” para bancar contratações de jogadores que sejam de fato “reforços” e possam chegar e assumir a titularidade.

• O América sentiu o fato de jogar no Maracanã lotado (52.106 torcedores presentes e 47.175 pagantes), diante do Flamengo, em meio ao clima de festa criado para a despedida do goleiro Júlio César. Coisa de time Jeca, pois se deixou apequenar, como aliás acontecia a Atlético e Cruzeiro, até o início da década de 80, quando enfrentavam os grandes do futebol carioca, tido e havido como o maior centro do futebol brasileiro. Quando entrou no jogo, o Coelho já tinha tomado dois gols, o que facilitou as coisas para o Flamengo, que soube administrar o resultado.

• No domingo, neste mesmo Maracanã, vimos e registramos expedientes reprováveis, coisa comum nos jogos amadores e sem importância, mas inadmissíveis em se tratando de um estádio e competição tão importantes. Foram sucessivas quedas de jogadores para matar o tempo e gandulas abusando de recursos antiesportivos.

Os clubes grandes do Brasil, até porque atos assim são praticados de norte a sul do país, são instituições importantes o suficiente para que cuidem mais dos exemplos que transmitem.

• Nossos parabéns a Divinópolis e Juiz de Fora, que conseguiram classificar suas equipes, Guarani e Tupynambás, respectivamente, para a disputa da 1ª Divisão estadual em 2019.

Infelizmente, o Leste não terá times na elite estadual na próxima temporada. Pela estrutura e os recursos que teve à disposição, o Ipatinga foi uma grande decepção, pois antes do início da disputa era tido como o maior favorito para conseguir o acesso. O Social, rebaixado à terceira divisão, foi um fracasso ainda maior.

“No futebol, a gente tem de fazer as coisas certas, e ainda torcer para elas darem certo”. Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético e atual prefeito de BH. (Fecha o pano!)
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